O Movimento de Cursilhos, definindo-se como um “Movimento de Igreja”, tem seu lugar nas “Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil” e tem sua missão específica na ação pastoral e evangelizadora e no contexto eclesial. Essa missão ou função está determinada por seu carisma e expressa por sua finalidade: “Possibilitar a vivência do fundamental cristão, visando criar núcleos de cristãos que fermentem de Evangelho os ambientes, ajudando-os a descobrir e a realizar a vocação pessoal”.

Conseqüentemente, o MCC se situa:

Como um elemento e um instrumento da Pastoral profética; Com função própria no contexto das “Diretrizes” e de suas “exigências básicas”: operar na fermentação (presença a partir de dentro das realidades) evangélicas dos ambientes; Através de uma forma específica (núcleos ambientais) determinada por seu método (querigmático).

O MCC tem clara consciência de como é importante e transcendente o ministério profético (ou evangelizador), “realidade primeira da economia da salvação e princípio de toda a vida para a Igreja” e procura, solidariamente como outras iniciativas pastorais, ser humilde executor desse Ministério eclesial. Querendo viver em comunhão missionária com a Igreja, o Movimento de Cursilhos entende que “dar frutos é uma exigência essencial da vida cristã e eclesial. Aquele que não dá fruto não permanece em comunhão. Todo ramo que não der fruto, meu Pai o corta” (CL 32).

A opção do MCC é ser agente de evangelização dos ambientes (Pastoral Ambiental) como um elemento e um instrumento das “exigências irrenunciáveis” (serviço, diálogo, anúncio, testemunho de comunhão eclesial) da ação evangelizadora e pastoral. Portanto, o MCC, sendo fiel ao seu carisma, entende que sua plena integração pastoral significa também, ser agente de uma evangelização inculturada. “A Igreja, Povo de Deus peregrino na História, tem a missão de ser luz, sal e fermento no mundo. Estando presente na sociedade, a Igreja como um todo – tanto os fiéis individualmente como os grupos, instituições e organizações eclesiais – vivem profunda relação de influência mútua com essa mesma sociedade. Crescendo na fé, o povo de Deus vai tomando consciência cada vez mais clara de sua dimensão profética, que anuncia o Senhor e o se Reino, e denuncia tudo quanto avilta o homem, imagem e semelhança de Deus. Vai tomando consciência, igualmente, da missão que lhe cabe de contribuir para a transformação da sociedade”. Da ação do MCC, portanto, exige-se que seja transformadora, inculturando-se e inculturando o Evangelho.

Aqui também, se faz presente uma outra exigência relativa aos “critérios de eclesialidade” expressos na Exortação Apostólica “Christifideles Laici”. “O empenho de uma presença na sociedade humana que, à luz da doutrina social da Igreja, se coloque a serviço da dignidade integral do homem. Assim as agregações dos fiéis leigos devem converter-se em correntes vivas de participação e de solidariedade para construir condições mais justas e fraternas no seio da sociedade”. Se, por acaso, ainda havia algum resquício de dúvida quanto ao compromisso de ação transformadora do MCC, já não há mais. É isso que se espera.

Essa missão evangelizadora, o MCC a assume como um ministério libertador do homem todo e de todos os homens, e como uma tarefa histórica, porque chegou a hora da libertação: o Reino de Deus está próximo. O projeto do Reino consubstanciado num modo novo de relação e na libertação integral da pessoa é parte essencial da evangelização, na medida em que esta se expressa como um serviço à pessoa e à sociedade. Evangelizadora e evangelizando, ambos são protagonistas e destinatários da vida familiar, política, social e econômica na perspectiva do Reino.

MÉTODOS

A estratégia do Movimento de Cursilhos está delineada na sua própria definição, que é a seguinte: o MCC é um movimento de Igreja: caminha com a Igreja universal, nacional e diocesana no tempo e no espaço e, por isso, está comprometido com suas opções pastorais; tem um método próprio: querigmático, vivencial, testemunhal, que o caracteriza e se aplica aos seus três tempos, isto é, ao pré-curslho, ao cursilho e ao pós-cursilho; possibilita ao participante a vivência do fundamental cristão: resposta ao Plano de Deus pela vivência da Graça e dos valores do Reino e pelo seguimento de Jesus de Nazaré; Leva à formação de núcleos de comunidades para a convivência do fundamental cristão e para a fermentação evangélica dos ambientes: este é o carisma do MCC, sua característica pastoral própria, específica; Ajuda cada um a descobrir sua vocação (fundamentalmente cristã) e respeita essa vocação (os talentos e carismas de cada um).

Explicita melhor essa definição, esclarecendo-se primeiramente sua finalidade: imediata: vivência do fundamental cristão; vivenciar a Graça, a Vida divina realizando o plano de Deus, anunciando seu Reino e seguindo a Cristo; Mediata: convivência do fundamental cristão em núcleos/grupos/pequenas comunidades; Última (principal, própria, específica, determinante): fermentação evangélica dos ambientes, ou seja, a Pastoral Ambiental.

TEMPOS

Tal finalidade se alcança nos três tempos – PRÉ, CUR e PÓS – que são essenciais ao correto desenvolvimento do Movimento. Tão essenciais que frustando-se um deles , deixa o MCC de ser o que é. São esses passos para alcançar a finalidade: no Pré-Cursilho: busca ambiental, selecionando-se a área ou ambiente a ser evangelizado e as pessoas líderes ou vértebras nesses ambientes ou áreas; No Cursilho: tempo forte para a proclamação da Mensagem (o Plano de Deus – a Graça; o Reino de Deus e o Seguimento de Jesus). Normalmente esse tempo dura três dias e três noites; No Pós-Cursilho: inserção na Pastoral Ambiental, através de núcleos/grupos/pequenas comunidades. Aqui é de vital importância a Escola vivencial ou de formação ou de aprofundamento na fé: é o cérebro do MCC, seguida pelas Assembléias mensais (antigas Ultréias), onde se faz a avaliação da presença e do trabalho dos núcleos nos ambientes.

No desenvolvimento dos três tempos está implícita sua própria estratégia pastoral, como é fácil de perceber pela leitura acima. Há entretanto, na estratégia do Movimento, aspectos complementares ou acidentais que abarcam: as coisas mais importantes, cujas modificações competem à decisão da Assembléia Nacional do Movimento; Coisas menos importantes entregues ao bom senso das Assembléias Regionais ou Diocesanas ou do próprio Grupo Executivo Diocesano quando mudanças ou redirecionamentos se fizerem necessários.

Fonte: MCC Campo Grande – MS
http://www.cursilhocg.com.br/carisma.php


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