Aula 29/2011 – O COMBATE DA ORAÇÃO / A ORAÇÃO DE JESUS


28 – O COMBATE DA ORAÇÃO / A ORAÇÃO DE JESUS

(Itens 2725 a 2751 do Catecismo da Igreja Católica – Aula 61)

O combate da oração e as objeções à oração -: a oração é um dom da Graça de Deus e uma resposta de nossa parte a essa Graça. A oração pressupõe sempre um esforço que fazemos para essa resposta. Todas as pessoas piedosas da Antiga Aliança, antes de Cristo, como Nossa Senhora, nos ensinam que a oração é um combate. Contra quem? Contra nós mesmos e contra o Tentador, que tudo faz para desviar-nos da oração. Reza-se como se vive, porque se vive como se reza. Se a nossa vida não está de acordo com o Espírito Santo, também não poderemos habitualmente rezar em nome de Cristo.
No combate da oração, enfrenta-se concepções erradas da oração. Algumas dessas concepções vêem na oração uma simples operação psicológica, outras um esforço de concentração para se livrar de problemas. Há também quem pense que a oração se resume em atitudes e palavras rituais. No inconsciente de muitos cristãos, a oração não é compatível com a vida moderna, pois não há tempo para rezar. Essas objeções em relação à oração fazem com que se desanime depressa de rezar, porque se ignora que a oração procede, em primeiro lugar, do Espírito Santo e não apenas de quem reza.
Devemos também enfrentar mentalidades da vida mundana. Por exemplo, afirmam que a verdade está apenas no que é provado pela razão e pela ciência (rezar, pelo contrário, é um mistério que ultrapassa a razão e a ciência). Comentam também que a oração é um esforço inútil, que a oração não produz nada, que apenas se trata de uma fuga da realidade da vida, e muitas outras formas de pensar do mundo moderno.
O nosso combate deve enfrentar aquilo que sentimos como dificuldades da oração: desânimo diante de nossa falta de fé, tristeza por não conseguirmos nos entregar completamente ao Senhor, decepção por não sermos sempre atendidos segundo nossa vontade, ressentimento contra Deus porque nem sempre Ele nos atende e, por tudo isso, falta de vontade de perseverar na oração. Para superar esses obstáculos, é preciso lutar através da humildade, confiança e perseverança.

Diante das dificuldades da oração -: um dos maiores problemas que devemos enfrentar na oração, seja ela vocal, de meditação ou mental, é a distração. Podemos distrair-nos tanto nas palavras e no seu sentido, quanto não dar atenção Àquele para quem rezamos. Por isso, o remédio contra a distração é a vigilânciaao rezar. Outro problema é a aridez do coração, que não tem gosto pela oração, e a considera apenas uma obrigação. Para enfrentar a aridez, o remédio é a conversão do coração. Também surgem como obstáculos a falta de fé profunda na oração, que se exprime por uma tentação de priorizar trabalhos ou cuidados da vida material, e a acídia, uma forma de depressão devida ao relaxamento da vida cristã e à diminuição da vigilância. A cura contra esses dois problemas é a humildade do coração.

Quando não somos atendidos -: há um fato que devemos considerar: quando rezamos: pouco nos preocupamos em pensar se a nossa oração é agradável a Deus. Mas temos sempre a pretensão de ver se o nosso pedido é atendido. Então, será Deus um meio de sermos satisfeitos naquilo que queremos, ou será Ele o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo? São Tiago escreve que “Não possuis porque não pedis. Pedis, mas não recebeis, porque pedis mal, com o fim de gastardes com vossos desejos” (Tg 4, 2-3). Acima de tudo, lembremos que nem sempre o que queremos é a vontade de Deus. Acima de nossos desejos está o Plano de Deus para cada um de nós, e tenhamos a certeza que, sejamos ou não atendidos em nossa oração, no final Deus sabe o que é melhor para nós. “Orai sem cessar” (1Tes 5, 17), “sempre e por tudo dando graças a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5, 20). Orar é sempre possível, desde que queiramos.

A oração da Hora de Jesus -: quando chegou sua hora, Jesus rezou ao Pai. Essa oração é conhecida como a oração sacerdotal de Jesus. Nessa oração, Jesus reuniu Deus Pai e o mundo, o Verbo e a carne, a vida eterna e o tempo, o amor que se entrega e o pecado que o trai, os discípulos presentes e aqueles que crerão nele por meio de sua Palavra, sua humilhação e sua glória. É a oração da Unidade.
Jesus realizou toda a obra do Pai e sua oração, como seu Sacrifício, se estende até o final dos tempos. Tentando compreender e penetrar no santo Nome de Jesus, podemos meditar, em nosso íntimo, a oração que Ele nos ensinou: o Pai Nosso


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