Aula 28/08/2014 – PONTOS BÁSICOS DA MORAL CATÓLICA – 5
PONTOS BÁSICOS DA MORAL CATÓLICA – 5
25/Agosto/2014
Moral Católica e as Virtudes Humanas -: a virtude é uma disposição voluntária para fazer o bem. Ela permite à pessoa não só praticar atos bons, mas dar o melhor de si. Com todas as suas forças materiais e espirituais, a pessoa virtuosa tende ao bem e escolhe-o como regra na sua prática diária.
As virtudes humanas são disposições da inteligência e da vontade que regulam nossos atos, guiando-nos segundo a razão e a fé. Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem.
As virtudes morais são adquiridas humanamente, através de uma boa educação desde a infância, e dirigidas especialmente para a boa convivência entre as pessoas e para um ambiente de amizade, respeito e fé. Essas virtudes adquiridas por esse meio podem ser, no entanto, destruídas por tendência ou necessidade da prática de atos contrários a elas.
As virtudes cardeais (ou morais) -: são essencialmente quatro virtudes chamadas cardeais porque todas as outras virtudes humanas se agrupam em torno delas. São elas a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. Estas virtudes são louvadas e estão presentes em numerosas passagens da Bíblia.
A prudência é a virtude moral que nos ensina a conhecer o caminho certo das circunstâncias da vida e a escolher os meios para segui-lo. O homem prudente sabe escolher os seus passos, ao contrário do imprudente, que é afoito e não pensa nas consequências de seus atos antes de praticá-los. Graças a esta virtude, praticamos sem erro os princípios morais e superamos as dúvidas sobre o certo a aplicar e o errado a evitar.
A justiça é a virtude moral que consiste na prática segura e firme de reconhecer os direitos do próximo. O homem justo, muitas vezes citado nas Escrituras, distingue-se pela correção de seus pensamentos e pela retidão de sua conduta para com o próximo. “Não favoreças o pobre, nem prestigies o poderoso. Julga o próximo segundo a justiça” (Lev. 19, 15).
A fortaleza é a virtude moral que nos dá segurança nas dificuldades e firmeza na procura do bem. Ajuda-nos a resistir às tentações e a superar os obstáculos da vida moral. A fortaleza nos torna capazes de vencer o medo (inclusive da morte), de suportar as provações da vida e as perseguições. “Tende coragem, eu venci o mundo” (Jo 16, 33).
A temperança é a virtude moral que modera a nossa atração pelos prazeres mundanos e procura o equilíbrio nos bens materiais da vida. Ela assegura o domínio da vontade sobre os instintos e mantém os nossos desejos dentro dos limites da honestidade. “Não te deixes levar a seguir as paixões desenfreadas do coração” (Eclo 5, 2). No Novo Testamento, a temperança é chamada de “moderação” ou “sobriedade”.
As Virtudes Teologais -: estas virtudes se referem diretamente a Deus. Elas dispõem os cristãos a viverem em relação com a Santíssima Trindade e tem Deus Uno e Trino por origem, motivo e objetivo. As virtudes teologais orientam as ações morais do cristão. Elas são o penhor da presença e da ação do Espírito Santo na vida do ser humano. Há três virtudes teologais, que são a fé, a esperança e a caridade.
A fé -: é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e na Sua Revelação. Pela fé, o homem livremente se entrega a Deus. Por isso, o fiel procura conhecer e praticar a Vontade de Deus.
Ter fé não é só acreditar em Deus, mas também colocar em prática o que Ele nos pede. A fé sem obras é morta, diz São Tiago (Tg 2, 26). O cristão não deve apenas guardar a fé e nela viver, mas também deve difundi-la e testemunhá-la com firmeza. “Todos devem estar prontos a confessar Cristo perante os homens e segui-lo no caminho da cruz entre as perseguições que nunca faltam à Igreja” (LG 42). E, principalmente, devemos nos lembrar das palavras de Jesus a respeito da fé: “Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, eu também me declararei por ele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10, 32-33).
A esperança -: é a virtude teologal pela qual desejamos o Reino dos Céus e a Vida Eterna, colocando nossa confiança nas palavras de Cristo e apoiando-nos no socorro do Espírito Santo. A esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo ser humano e protege contra o desânimo. Podemos esperar, pois, a vida eterna prometida por Deus aos que O amam e fazem sua vontade. Na esperança, a Igreja pede que todos os homens sejam salvos, segundo 1Tim 2, 4.
A caridade -: é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e também a nós mesmos e ao próximo, segundo as palavras de Jesus, que fez da caridade o seu “novo mandamento” (Jo 13, 34). Fruto do Espírito Santo, a caridade guarda os mandamentos de Deus e de seu Cristo. Todos os cristãos devem estudar e meditar as palavras de São Paulo Apóstolo a respeito da caridade, em 1Cor 13, 4-7.
Como muitos pensam que a caridade significa apenas auxiliar a quem precisa, lembremos que isso é apenas uma parte dessa virtude.
Os frutos da caridade são a alegria, a paz e a misericórdia.