Aula 25/09/17 – Pedi E Recebereis


PEDI E RECEBEREIS

25/Setembro/2017

A frase de Jesus em Lc 11, 9 – 13 -: Na verdade, Jesus disse: Pedi e ser-vos-á dado. Então, é preciso lembrar que o pedido de alguém para Deus deve ser feito em forma de oração. Jesus orava muito e sempre, em todas as ocasiões em que podia. Os apóstolos ficaram tão impressionados com isso que até um dia lhe pediram que os ensinasse a rezar, quando então nasceu a oração do Pai Nosso.

O ensinamento de Jesus sobre a oração é claro: Deus ouve certamente, e é preciso que tenhamos absoluta confiança de que não estamos rezando em vão, ou que não duvidemos que Deus esteja ouvindo. Se houver dúvidas e não houver confiança, não será uma oração.

A razão que é base da afirmação de Jesus é que Deus é Pai, e conforme Jesus mesmo disse, qual é o pai que não atende seu filho?

Leiamos Lc 11, 5 – 8: “E Jesus disse também: Imaginem que um de vocês tem um amigo e vai procurá-lo no meio da noite dizendo: `Amigo, me empreste três pães, porque um amigo meu chegou de viagem e não tenho nada para lhe oferecer´. Lá de dentro, o outro lhe responde: `Não me incomode. A porta já está trancada, e meus filhos e eu estamos na cama. Não posso me levantar para lhe dar os pães!´. Eu lhes digo: Ainda que ele não se levante para dar os pães por ser seu amigo, vai se levantar ao menos por causa da insistência dele, e lhe dará tudo aquilo de que necessita”.

Vejamos também outra passagem, em Lc 18, 1 – 5: “Jesus contou-lhes outra parábola para mostrar a necessidade de rezar sempre e nunca desanimar: `Numa cidade, havia um juiz que não temia a Deus e não respeitava ninguém. Na mesma cidade, havia uma viúva que ia ter com ele e pedia: `Faça justiça para mim contra o meu adversário. Durante algum tempo, o juiz não quis atendê-la. Mas depois pensou consigo mesmo: `Eu não temo a Deus e não respeito ninguém. Mas já que essa viúva está me importunando, vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha, por fim, me agredir´”.

Como vemos, são o mesmo procedimento e o mesmo conceito da parte de Deus.

Vejamos, porém, a passagem referida em Mc 11, 23, com Jesus dizendo: “Eu lhes garanto: Se alguém disser a esta montanha: `Levante-se e atire-se ao mar´, e não duvidar no coração, mas acreditar que se realiza aquilo que está dizendo, assim acontecerá”. Sem a fé, não temos voz perante Deus, somos mudos completos.

Quantos dizem: “mas Deus não me escuta”! Quantas vezes eu rezei pedindo tal coisa, e não fui atendido!.

Vamos por partes:

1- Em primeiro lugar, é preciso lembrar que a verdadeira oração, na qual o pedido está contido, deve ser feita com fé e confiança, não com desespero ou aflição;

2- Em segundo lugar, o pedido feito deve ser natural, ou seja, que possa ser atendido sem que se altere a ordem natural das coisas. Em outras palavras, que não seja uma coisa impossível. Isto não seria um pedido, mas uma forma de se desafiar a Deus. Claro que Deus pode realizar milagres, mas isso depende só da Sua Vontade, não da nossa. Por isso, jamais se deve pedir um milagre a Deus e decepcionar-se se ele não acontece;

3- Terceiro: o pedido deve ser justo, ou seja, não deve interferir com a justiça. Por exemplo: pedir que consigamos alguma coisa que também está sendo pretendida por outros, que talvez tenham mais direito a ela.

4- Mesmo que o pedido contido na oração seja feito com fé, seja natural e seja justo, não foi prometido que ele seria atendido logo. A paciência é uma virtude que quase nenhum de nós tem. Às vezes Deus nos escuta, mas responde não. Isso significa que Ele não nos ama? Claro que não. Deus não atende aos nossos desejos, mas sim às nossas necessidades! Lembrem-se do Pai Nosso, onde em primeiro lugar se diz “seja feita a Vossa Vontade” e não a nossa.

Jesus mesmo rezou um dia no Getsêmani, e não foi atendido… Mas nem por isso ficou abalado no seu amor e na sua confiança em Deus. E assim, Ele venceu o mundo.


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