Aula 25/06/18 – Nome e Símbolos do Espírito Santo
NOME E SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
25/Junho/2018
O nome próprio do Espírito Santo -: “Espírito Santo”: este é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos juntamente com o Pai e o Filho. A Igreja recebeu este nome do próprio Jesus Cristo e o confirma no Sacramento do Batismo. A palavra “Espírito” é traduzida do termo hebraico “Ruah”, que significa, em seu primeiro sentido, “sopro”, “vento”, “ar”. Jesus utilizou a imagem do “sopro” para mostrar ao fariseu Nicodemos a sua própria figura como sendo o Sopro de Deus, o Espírito divino (Jo 3, 5-8). Nos Evangelhos em língua grega, a palavra é “Pneuma”, com o mesmo sentido acima.
Por outro lado, a palavra “Espírito” é um atributo, uma característica das três Pessoas da Santíssima Trindade. Mas, ao juntar os dois termos, “Espírito” e “Santo”, as Escrituras e a Liturgia designam a terceira Pessoa da Trindade Santa.
As denominações do Espírito Santo -: ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, Jesus o chama de “Paráclito”, que significa “consolador”, que vem depois de Jesus, que é o primeiro consolador. No Evangelho de João, Jesus diz aos discípulos: “Então eu pedirei ao Pai, e Ele dará a vocês outro Advogado, que esteja com vocês para sempre” (Jo 14, 16). O Senhor também chama o Espírito Santo de “Espírito da Verdade”, que, segundo Jesus, “o mundo não pode acolhê-lo, porque não o vê nem o conhece. Mas vocês o conhecem, porque Ele permanece com vocês e estará em vocês” (Jo 14, 17-18).
Além de seu nome próprio, que é o mais empregado nos Atos dos Apóstolos e nas Epístolas, São Paulo também denomina o Espírito como “Espírito da Promessa”, “Espírito da Adoção”, “Espírito de Cristo”, “Espírito do Senhor” e “Espírito de Deus”. JáSão Pedro, na sua primeira carta, chama-o de “Espírito da Glória”.
Os símbolos do Espírito Santo -: diversos são os símbolos que representam o Espírito Santo, todos eles com sua característica própria. São os seguintes:
A Água – o simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito, a água se torna o sinal sacramental do novo nascimento: assim como a nossa gestação se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa o nosso nascimento para a vida divina, que nos é dado pelo Espírito Santo.
A Unção – o simbolismo da unção com óleo também é significativo do Espírito Santo, até ao ponto de tornar-se sinônimo dele. Na iniciação cristã, a unção é o sinal sacramental da confirmação, ou crisma. Mas para se perceber toda a força desse simbolismo, temos que retornar à primeira unção realizada pelo Espírito: a unção de Jesus. A palavra “Cristo” (“Messias” no hebraico) significa “Ungido” do Espírito de Deus.
O Fogo – enquanto a água significa o nascimento da vida dada pelo Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos seus atos. O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma tocha” (Eclesiástico 48, 1), pela sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo. João Batista anuncia o Cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo e com o fogo” (Lc 3, 16). Sobre esse Espírito, Jesus disse: “Vim trazer o fogo à terra, e quanto desejaria que já estivesse aceso” (Lc 12, 49). É sob a forma de “línguas como que de fogo” que o Espírito Santo desce sobre os discípulos na manhã do Pentecostes.
A nuvem e a luz – esses dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, com Moisés no monte Sinai (Ex 24, 15-18), na tenda da Reunião (Ex 33, 9-10) e durante a caminhada no deserto (Ex 40, 36-38), e com Salomão por ocasião da dedicação do Templo (1Rs 8, 10-12). O arcanjo Gabriel diz a Maria: “O Espírito Santo virá sobre você e a cobrirá com sua sombra” (Lc 1, 35), para que ela conceba e dê à luz a Jesus. No monte da Transfiguração, é Ele que “sobrevém na nuvem que acolhe” Jesus, Moisés e Elias; coloca Pedro, Tiago e João “debaixo de sua sombra”; da nuvem sai uma voz que diz: “Este é o meu Filho, o Eleito, ouvi-o sempre” (Lc 9, 34-35). Finalmente, é essa nuvem que “subtrai Jesus aos olhos” dos discípulos no dia da Ascenção (At 1, 9).
O Selo – é um símbolo próximo ao da Unção. É Cristo que “Deus marcou com o seu selo” (Jo 6, 27). A imagem do selo tem sido utilizada por algumas tradições teológicas para indicar o caráter eterno e que não pode ser apagado dos Sacramentos do Batismo, da Crisma e da Ordem.
A Mão – é impondo as mãos que Jesus cura os doentes (Mc 6, 5; 8, 23) e abençoa as crianças (Mc 10, 16). Em nome de Jesus, os apóstolos farão o mesmo. É pela imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo é dado. Este sinal de imposição das mãos é conservado pela Igreja em muitas das suas ações.
O Dedo – “É pelo dedo de Deus que (Jesus) expulsa os demônios” (Lc 11, 20). A Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra pelo “dedo de Deus” (Ex 31, 18). O hino “Veni, Creator Spiritus” (Vem, Espírito Criador) invoca o Espírito Santo como “o dedo da direita do Pai”.
A Pomba – no fim do Dilúvio, a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável (Gn 8, 8-12). Quando Jesus emerge da água de seu batismo por João Batista, o Espírito Santo, na forma de uma pomba, desce e permanece sobre Ele (Mt 3, 16). Em algumas igrejas, a santa reserva eucarística é mantida e conservada em um recipiente metálico em forma de pomba. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional nos rituais cristãos.