Aula 23/04/18 – Ressurreição – Obra da Santíssima Trindade


RESSURREIÇÃO – OBRA DA SANTÍSSIMA TRINDADE

23/Abril/2018

Intervenção de Deus -: a Ressurreição de Jesus Cristo é motivo de fé, pois caracteriza a intervenção do próprio Deus na história do mundo. Nela, as três pessoas da Santíssima Trindade agem conjuntamente. A Ressurreição aconteceu através do poder do Pai, que ressuscitou Jesus, seu Filho, e desta forma introduziu de modo perfeito a sua humanidade-com o seu Corpo – na Trindade. Jesus é definitivamente revelado “Filho de Deus com poder por sua Ressurreição dos mortos segundo o Espírito de santidade” (Rom 1, 3-4).

São Paulo insiste na manifestação do poder de Deus pela obra do Espírito Santo que reanimou a humanidade morta de Jesus e o chamou ao estado de corpo glorioso.

Intervenção de Jesus -: o Cristo age, por sua vez, e intervém na própria Ressurreição em virtude de seu poder divino. Jesus anuncia que deverá sofrer muito, morrer, e em seguida ressuscitar (Mc 8, 31). No evangelho de João (Jo 10, 17-18), Jesus afirma: “Eu dou a minha vida para retomá-la… Tenho poder de dá-la e retomá-la”. Tempos depois, São Paulo fundamenta para sempre a fé da Igreja, dizendo que “Nós cremos… que Jesus morreu e em seguida ressuscitou” (1Tes 4, 14). Os doutores da Igreja estudam a Ressurreição a partir da pessoa divina de Cristo, que ficou unida à sua alma e ao seu corpo, separados entre si pela morte. Em outras palavras, tanto no corpo morto de Jesus quanto na sua alma, a natureza divina do Filho de Deus permanece. São Gregório de Nissa afirma, em seus escritos, que “Pela unidade da natureza divina, que permanece em cada uma das duas partes humanas, estas se unem novamente. Assim, a morte se produz pela separação do composto humano, e a Ressurreição pela união das duas partes separadas”.

Intervenção do Espírito Santo -: o Espírito Santo é o sopro de Deus Pai que nos dá a vida. Eis o que diz o próprio Deus Pai: “Quando incutir em vós o meu Espírito para que revivais, quando vos estabelecer em vossa terra, sabereis que Eu, o Senhor, digo e faço. Oráculo do Senhor” (Ez 37, 14). Essa é, pois, a obra do Espírito Santo: ressuscitar, tirar do pó aquilo que está sem vida. São Paulo, mais uma vez, confirma a sua fé na obra da Ressurreição dizendo: “E se o Espírito daquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8, 11). O Espírito Santo, enviado pelo Pai, agiu também na Ressurreição de Jesus Cristo. Na situação em que nós, mortais, estamos vivendo, com grandes ou pequenos problemas, situações que nos amarram, desanimam, o Espírito Santo Paráclito também nos animará e certamente, um dia nos ressuscitará.

Sentido e alcance da Ressurreição -: “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação e vazia também é a vossa fé” diz São Paulo (1Cor 15, 14). A Ressurreição constitui a confirmação de tudo o que o próprio Cristo fez e ensinou. Por ela, Cristo deu a prova definitiva da sua autoridade divina.

A Ressurreição de Cristo é o cumprimento das promessas do Antigo Testamento e de Jesus durante a sua vida terrestre. Durante suas pregações, Jesus afirmou: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que Eu sou” (Jo 8, 28). Há um duplo aspecto no mistério pascal: pela sua morte, Jesus nos liberta do pecado e pela sua Ressurreição, Ele nos dá a vida eterna.

Em resumo -: a fé na Ressurreição tem por objeto um acontecimento ao mesmo tempo histórico, atestado pelos apóstolos e discípulos, que verdadeiramente se encontraram com o Ressuscitado, e misterioso, pela ação da Santíssima Trindade, ao promover a entrada da humanidade de Cristo na glória de Deus Pai.

O sepulcro vazio e os panos de linho no chão significam por si mesmos que o corpo de Cristo escapou das correntes da morte e da corrupção pelo poder de Deus. Eles preparam os seguidores de Cristo para o reencontro com o Ressuscitado.

Jesus Cristo, o “primogênito dentre os mortos” (Cl 1, 18), é o princípio da nossa própria ressurreição, desde já pela “justificação da nossa alma” (Rm 6, 4) e mais tarde pela “vivificação de nosso corpo” (Rm 8, 11).


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