Aula 22/06/15 – Santa Teresinha Do Menino Jesus
SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS
22/Junho/2015
História de Santa Teresinha -: a “santa das rosas”, como é conhecida, nasceu em Alençon, na Normandia, França, em 02 de janeiro de 1873. Foi batizada com o nome de Marie-Françoise Thérèse Martin. Santa Teresinha é chamada também de Teresa de Lisieux, pois nesta pequena cidade a família passou a residir logo após a morte de sua mãe. A menina, desde pequena, demonstrou possuir saúde muito frágil, necessitando de cuidados pessoais especiais. Desde muito cedo, mostrou-se particularmente devota ao Menino Jesus, devoção essa que só iria aumentar com o passar dos anos. Começou a se catequizar aos seis anos e meio, tendo como instrutora sua irmã Pauline, que fazia o papel de sua mãe, falecida quando Teresinha tinha apenas 4 anos. Ao comentar este período, Teresinha afirmou que amava demais o Menino Jesus, desde o primeiro dia em que ouviu sua irmã lhe falar dele. Essa devoção iria acompanhá-la durante toda a sua curta vida.
Após preparar Teresinha para a primeira comunhão, Pauline, já então Irmã Inês de Jesus, que se tornara freira no Carmelo de Lisieux, sugeriu à irmã que considerasse dedicar sua vida e sua alma ao Menino Jesus. No ano de 1887, com 14 anos, Teresinha ofereceu sua vida ao Menino Jesus para ser, como ela mesma disse “seu brinquedo”. A profundidade da espiritualidade de Teresinha chamou a atenção até do Papa Leão XIII, que lhe concedeu uma audiência. Durante a audiência com o Papa, a menina esperava ser admitida, conforme seu desejo, como freira no Carmelo de Lisieux. Embora ouvindo ternas palavras do Papa, isto não aconteceu, pois o Papa julgou-a ainda muito jovem. Teresinha decepcionou-se, mas não se perturbou. Ela havia se oferecido para ser o brinquedo do Menino Jesus e pedido para que Ele fizesse com ela “o que bem entendesse”. Aceitou com resignação.
Vida religiosa -: apenas um ano depois, em 09 de abril de 1888, aos 15 anos, Teresinha foi admitida ao Carmelo de Lisieux como postulante. No Carmelo já estavam sua irmã Pauline e outra irmã, também mais velha que ela. Dessa data em diante, a menina passou a assinar suas cartas como “Teresa do Menino Jesus”, como sempre foi seu desejo. Durante este período, Teresinha adoeceu seriamente, e parecia não resistir à doença, desconhecida na ocasião. Seu pai, Louis Martin, levou à sua cela uma imagem de Nossa Senhora das Vitórias, o que provocou um sorriso da filha, que, repentinamente, se cura. Desde este acontecimento, esta imagem de Nossa Senhora é conhecida como “Nossa Senhora do Sorriso”. No dia 10 de janeiro de 1889, dia em que recebeu o hábito aos 16 anos, Teresinha passou a assinar seus documentos e cartas como “Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face”, que será seu nome definitivo como carmelita. A Santa Face de Jesus era outra de suas devoções. Teresinha contou que, ao entrar na clausura, a primeira imagem que lhe chamou a atenção foi o “sorriso do seu Menino cor de rosa”, nos braços da Virgem Maria. A partir daí, encarregou-se de colocar flores, principalmente rosas, ao Menino Jesus todos os dias.
Teresinha dedicou muitas de suas poesias, escritos e orações ao Menino Jesus, ao mistério do Natal e à infância de Jesus. O impacto de sua obra autobiográfica, “A História de uma alma”, publicada após sua morte, foi tremendo, e ela, rapidamente, transformou-se num dos santos mais populares do século XX.
Teresinha escreveu também uma obra denominada “A Pequena Via”, onde mostra que um dos caminhos para a santidade é fazer pequenas coisas, pequenos sacrifícios que, segundo ela, agradam muito a Jesus.
Além de escritora piedosa, a santa carmelita era também pintora. Em 21 de janeiro de 1894, sendo sua irmã Pauline, a Irmã Inês, levada ao posto de Madre Superiora do Carmelo de Lisieux, Teresinha ofereceu-lhe um quadro por ela pintado, a que chamou “O sonho do Menino Jesus”.
Teresinha é também conhecida como “a santa das rosas”, devido à grande predileção que tinha por esta flor. Dizia que amava tanto as rosas vermelhas quanto as brancas, e um de seus atos preferidos era desfolhar as rosas e atirar as pétalas sobre o Ostensório e cobrir o crucifixo do pátio do Carmelo com elas. No entanto, a santa não atirava pétalas de rosas em ninguém, a não ser nas imagens sagradas. Prometeu, no leito de morte, que faria “chover rosas sobre o mundo”. Com isto queria dizer que iria interceder pela humanidade junto a Deus.
Embora enclausurada, Teresinha possuía um grande amor pelas Missões católicas e por elas rezava diariamente. É padroeira das Missões, juntamente com São Francisco Xavier. Foi também declarada Padroeira Secundária da França, juntamente com Santa Joana DÁrc. Por volta de 1895, Teresinha contraiu tuberculose. Mesmo doente, continuou a exercer suas obrigações como instrutora das noviças. Morreu no dia 30 de setembro de 1897, com apenas 24 anos de idade. Foi canonizada em 1925 pelo Papa Pio XI e declarada “Doutora da Igreja” pelo Papa João Paulo II em 1997, centenário da sua morte.
O primeiro milagre -: o seminarista Charles Anne, do Seminário de Baieux e Lisieux, foi acometido pela tuberculose em 1905, e estava na última fase da doença, agonizando e desenganado pelos médicos. Pediu a Santa Teresinha que o curasse, prometendo tornar pública sua cura, se assim sucedesse. No dia seguinte, levantou-se da cama e seus exames nada mais mostraram dos sinais da doença. A partir daí, muitos milagres aconteceram por intercessão da Santa, até os dias de hoje. Diz a tradição que, ao atender a um pedido, Santa Teresinha envia, de alguma maneira, uma rosa (ou algo relativo à flor) à pessoa que pediu a graça.
Os pais da santa, Louis Martin e Zélie Guérin Martin, foram também beatificados em 2008, no Santuário de Lisieux.