Aula 21/09/20 – A Morte Redentora de Jesus


ESCOLA VIVENCIAL DO GED DE PIRACICABA – 2020

 

A MORTE REDENTORA DE JESUS

21/09/2020

Jesus foi entregue segundo o desígnio determinado por Deus -: a morte violenta de Jesus não foi o resultado de um acaso, num conjunto infeliz de acontecimentos. Ela faz parte de um mistério contido no Plano de Deus. Em At 2, 23, São Pedro diz aos judeus de Jerusalém: “Ele foi entregue segundo o desígnio determinado e a presciência de Deus”. Entretanto, isto não significa que aqueles que entregaram Jesus à morte foram apenas executores passivos de um “roteiro” escrito por Deus de antemão. Eles, é claro, também tiveram culpa, pois Deus não especificou “quem” iria entregar Jesus à morte, mas apenas que isto iria acontecer. Para Deus, todos os momentos do tempo estão presentes ao mesmo tempo, na sua atualidade. Portanto, Ele estabelece o seu Plano incluindo nele a resposta livre de cada homem: “De fato, contra o teu servo Jesus, a quem ungiste, verdadeiramente coligaram-se nesta cidade Herodes e Pôncio Pilatos, com as nações pagãs e os povos de Israel, para executarem tudo o que, em teu poder e sabedoria, havias predeterminado” (At 4, 27-28). Isso explica claramente que Deus permitiu os atos nascidos da cegueira de todos esses participantes a fim de realizar o seu projeto de salvação.

Morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras -: esse projeto de salvação segundo a morte de Jesus já havia sido anunciado antecipadamente nas Escrituras como fazendo parte de um mistério de redenção universal, isto é, de resgate libertador do ser humano do pecado, conforme apontado por Isaias (Is 53, 11-12) e por São João em seu Evangelho (Jo 8, 34-36). São Paulo Apóstolo, em sua confissão de fé, que diz ter recebido, relata que “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Cor 15, 3). A morte redentora de Jesus cumpre, de forma particular, a profecia do Servo Sofredor (Is 53, 7-8 e At 8, 33-35). Jesus mesmo apresentou o sentido de sua vida e da sua morte à luz do Servo Sofredor (Mt 20, 28). Após sua Ressurreição, ele deu esta interpretação das Escrituras aos discípulos de Emaús e depois aos próprios apóstolos.

A fé apostólica no projeto de salvação -: por tudo isso acima relatado, São Pedro pode apresentar do seguinte modo a fé dos apóstolos: “Fostes resgatados da vida fútil que herdastes dos vossos pais, pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo, mas manifestado, no fim dos tempos, por causa de vós” (1Pd 1, 18-20). Ao enviar seu próprio Filho na condição humana, de uma humanidade decaída e destinada à morte por causa do pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a Ele que não conheceu o pecado. Isso a fim de que por Ele, nos tornemos justificados perante Deus. Jesus não conheceu a reprovação, pois não pecoumas, no amor redentor que sempre o uniu ao Pai, assumiu nossa humanidade carregando os nossos pecados perante Deus, ao ponto de dizer, em nosso nome, na cruz: “Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?” (Mc 15, 34; Sl 22,1). Tendo então tornado Jesus solidário com todos nós, pecadores, “Deus não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós” (Rm 8, 32), a fim de que fôssemos “reconciliados com Ele pela morte de seu Filho” (Rm 5, 10).

Deus é o amor universal -: ao entregar Jesus pelos nossos pecados, Deus mostra seu amor universal: “Deus demonstra seu amor pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Rm 5, 8). É preciso saber que este amor não exclui ninguém, bons ou maus.


Cursilho Piracicaba
Desenvolvimento e Hospedagem:eCliente Tecnologia