Aula 19/2010 – CRISTO SUBIU AOS CÉUS


19 – CRISTO SUBIU AOS CÉUS

(Itens 659 a 682 do Catecismo da Igreja Católica)

O Corpo de Cristo glorificado -: Desde o instante de sua Ressurreição, o Corpo de Cristo já não era mais um corpo humano comum, como provam as novas propriedades sobrenaturais de que Jesus fez uso durante os 40 dias em que ainda permaneceu entre os humanos. Ele come e bebe naturalmente com seus discípulos e os ensina acerca de como proceder para o estabelecimento do Reino de Deus. A última aparição de Jesus termina com a sua entrada irreversível na glória de Deus, simbolizada pelas nuvens e pelo céu. Depois disso, só apareceu, de modo excepcional, a Paulo, quando o constituiu Apóstolo.

O caráter oculto da glória do Senhor ressuscitado durante o tempo em que permaneceu na Terra, após a Ressurreição, aparece quando falou a Madalena: “Ainda não subi para o Pai. Mas vai aos meus irmãos e dize-lhes: Eu subirei para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus” ((Jo 20, 17). Isto indica que há uma diferença entre o Cristo Ressuscitado e o Cristo que está à direita do Pai, nos céus. A Ascensão marca a passagem de um estado para outro. Cristo ainda diz que “ninguém jamais subiu ao céu a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem” (Jo 3, 13).

“Quando eu for elevado entre o céu e a terra, atrairei todos a Mim” (Jo 12, 32). A elevação na Cruz significa e anuncia a elevação as Ascensão ao céu. A partir de agora, Cristo “está sentado à direita do Pai”. Por esta frase, entendemos a glória da Deus na qual Cristo se encontra como uma das Pessoas da Trindade Santa.

Ele voltará na Glória -: Jesus Cristo é o Senhor e possui todo o poder no céu e na terra. Ele está “acima de toda autoridade, poder, potentado e soberania”, pois Deus colocou tudo “debaixo de seus pés” (Ef 1, 20 – 22).

Cristo é também a cabeça da Igreja, que é seu Corpo. E a Igreja é também o princípio do Reino de Deus na terra. Mas, embora já presente na terra, o Reino ainda não está consumado. Este Reino ainda é atacado pelo poder do Mal. Enquanto isso, a Igreja peregrina leva, na sua existência e nos Sacramentos, a figura deste mundo que passa e que aguarda a volta do Filho de Deus.

Segundo a vontade de Cristo, o tempo presente é o tempo do Espírito Santo e do testemunho, mas é também ainda um tempo “marcado pela tristeza” (1Cor 7, 26). É um tempo de expectativa do que se vai passar e de vigília.

O Advento glorioso de Cristo -: a partir da Ascensão, o advento de Cristo é iminente, ou seja, pode acontecer a qualquer momento, embora não nos caiba “ saber os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade” (At 1, 7).

É preciso saber, porém, que a vinda do Cristo glorioso depende do seu reconhecimento pelo povo inteiro de Israel e da sua conversão.

A última provação da Igreja -: antes do Advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que vai abalar a fé de muitos crentes. Irá aparecer um impostor que trará aos homens uma solução aparente mas mentirosa de seus problemas, às custas do abandono da fé verdadeira. Esse impostor é chamado o “Anticristo”. Estamos vendo já a sua influência na sociedade moderna. Guerras, desigualdade social, fome, abandono dos valores morais e cristãos, etc., etc.

A Igreja só entrará na glória de Deus através desta derradeira provação, em que seguiremos o Senhor na sua Morte e Ressurreição. Portanto, a vitória final não será através de um triunfo histórico da Igreja, mas por uma vitória de Deus sobre o último mal. Este triunfo de Deus assumirá a forma do Juízo Final.

Para julgar os vivos e os mortos -: Jesus anunciou na sua pregação o Juízo Final. Será então julgada a conduta de cada um de nós. Será também condenada a incredulidade daqueles aos quais a Graça de Deus foi oferecida e não aceita. Jesus tornará a dizer “cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes” (Mt 25, 40).

Cristo é o Senhor da Vida Eterna. O direito de julgar definitivamente as obras e os corações dos homens pertence a Ele, enquanto Redentor do mundo. Ele adquiriu esse direito pela sua morte na Cruz. Ora, Jesus não veio para condenar, mas para salvar. Disso, podemos ver que, na realidade, quem é condenado é porque se condenou a si mesmo, pela recusa da Graça oferecida por Cristo. Não se recusa o Espírito do Amor.


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