Aula 17/10/16 – Os Mandamentos Da Igreja


OS MANDAMENTOS DA IGREJA

17/Outubro/16

Os Poderes da Igreja -: Jesus Cristo deu à sua Igreja em formação, poderes para orientar os fiéis para sua salvação. Esses poderes foram no decorrer dos séculos, ordenados a fim de estabelecer-se um conjunto de atos e deveres que cada cristão necessita para não se desviar do caminho indicado pelo senhor. Entre esses deveres, a Igreja codificou uma lista de regras que devem ser seguidas. Esse conjunto de regras é o que se denomina “os Mandamentos da Igreja”. Esses mandamentos têm a sua legitimidade bíblica nas palavras de Jesus aos seus apóstolos: “Quem vos ouve, a Mim ouve, quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). E prosseguindo, afirmou: “ Em verdade, tudo o que ligares sobre a terra será ligado no céu, e tudo que desligares sobre a terra, será desligado no céu” (Mt 18, 18).

Dessa forma, a Igreja estabelece suas normas com o poder de Cristo, e quem não as obedece, não obedece a Cristo e, consequentemente, a Deus Pai. Os Mandamentos da Igreja situam-se nesta linha de uma vida moral ligada à vida espiritual e litúrgica. O caráter obrigatório destas leis tem como finalidade garantir aos fiéis o mínimo indispensável para o cumprimento da vontade de Jesus.

Notemos que os cumprimentos dos Mandamentos da Igreja é o mínimo que o cristão pode e deve cumprir. Podemos e devemos fazer muito mais. Fica a critério de cada um resolver a forma de orientar sua vida cristã.

Os Mandamentos da Igreja são cinco:

1- Participar da missa inteira aos Domingos e festas de guarda, e abster-se de trabalho.

Os fiéis devem santificar o dia da Ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra aos mistérios de Cristo, da Virgem Maria e dos santos, participando da celebração eucarística e se abstendo de trabalhos e negócios que venham a impedir tal santificação desses dias. È claro que há trabalhos que não podem ser adiados por possuírem caráter indispensável à comunidade e ou humanitário, e a Igreja dispensa os neles envolvidos.

Devem ser guardados, além dos domingos, o Natal do senhor, o Corpus Christi, o dia de Maria, Mãe de Deus (1° de janeiro), o dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro), o dia de São José (19 de março). As festas da Ascensão do senhor, da Assunção da Virgem Maria, dos santos apóstolos Pedro e Paulo e a festa de todos os Santos caem nos domingos.

2 – Confessar-se ao menos uma vez por ano.

O sacramento da Reconciliação continua, em nossa vida, a obra de conversão e perdão concedida pelo Batismo. É claro que é pouco confessar-se uma vez por ano. A Igreja indica que o ideal seria uma vez por mês, pois torna a confissão mais fácil.

3 – Comungar ao menos pela Páscoa da Ressurreição.

O período pascal vai da Páscoa até o dia da Ascensão e garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Também é muito pouco comungar somente uma vez ao ano. A Igreja nos pede comunhão frequente e até mesmo diária, se possível.

4 – Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Igreja.

No Brasil, a Igreja manda observar-se o jejum de carne e a moderação da alimentação na Quarta-feira de Cinza e na Sexta-feira Santa. Este jejum consiste em um leve café da manhã, um almoço leve e um lanche também leve á tarde, sem mais nada no meio do dia, nem mesmo um cafezinho. Tudo isso sem carne. Quem desejar pode fazer um jejum mais rigoroso, pois o obrigatório é o mínimo.

Os dias de abstinência de carne são as sextas-feiras da Quaresma.

As pessoas acima de 60 anos estão dispensadas da obrigatoriedade, mas podem jejuar se desejarem. O Catecismo da Igreja Católica deiz que jejum determina os tempos de penitência que nos preparam para as festas litúrgicas, contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre os nossos instintos e a liberdade do coração (CDC, 82).

5 – Atender às necessidades materiais da Igreja.

Antigamente, esse Mandamento dizia “Pagar o dizimo segundo de costume”. Em 2005, o Papa Bento XVI eliminou a palavra “dízimo”, pois o sentido real do Mandamento é, obviamente, contribuição e não taxação ou imposto. Este Mandamento recorda aos fiéis que devem auxiliar as necessidades materiais da Igreja, cada um conforme suas possibilidades. Não é obrigatório que o dízimo ( a palavra continua sendo utilizada por tradição) seja de 10% dos rendimentos, isso fica a critério das possibilidades e da consciência do fiel. O importante, como diz São Paulo Apóstolo, contribuir com alegria, pois “Deus ama aquele que dá com alegria” (2Cor 9, 7). Esta ajuda às necessidades da Igreja pode ser dada uma parte na paróquia e em outras da Igreja.

Conforme o Código de Direito Canônico, as Conferências Episcopais de cada país podem estabelecer outro preceitos eclesiástico para o seu território. O que aqui foi descrito se refere ao Brasil.


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