Aula 16/07/18 – O Espírito Santo na Plenitude dos Tempos


O ESPÍRITO SANTO NA PLENITUDE DOS TEMPOS

16/Julho/2018

João Batista: Precursor e Profeta -: “Houve um homem enviado por Deus: seu nome era João” (Jo 1, 6). João é “cheio do Espírito Santo ainda no seio de sua mãe” (Lc 1, 15). O fogo do Espírito Santo que habita em João Batista o faz andar à frente, como um Precursor, do Senhor que vem. Em João, o Espírito Santo conclui a obra de preparar o povo de Deus para o advento do Messias. João é mais do que um Profeta, segundo Lucas (Lc 7, 26). Nele o Espírito Santo termina a tarefa de falar pelos profetas, obra essa que começou com o profeta Elias, no Antigo Testamento.

Em João Batista, o Espírito Santo inaugura a obra que se realizará com Jesus Cristo: restituir ao ser humano a “semelhança” divina. O batismo de João era um batismo de arrependimento; o batismo da água e no Espírito Santo será um novo nascimento.

“Alegra-te, cheia de Graça” -: Maria, a santíssima Mãe de Deus, sempre virgem, é a obra-prima da missão do Espírito Santo na época da plenitude dos tempos. Pela primeira vez no seu Plano de Salvação, e porque o Espírito a preparou, Deus Pai encontra a “moradia” em que seu Filho e seu Espírito podem habitar no meio dos homens. Em Maria começam a manifestarem-se as maravilhas de Deus, que o Espírito Santo vai realizar em Cristo e na Igreja.

O Espírito Santo preparou Maria com sua Graça. Era preciso que fosse “cheia de Graça” a mãe daquele em quem “habita corporalmente a plenitude de Deus” (Col 2, 9). Por pura graça, Maria foi concebida sem pecado original, como a mais humilde das criaturas, a mais capaz de acolher o dom maravilhoso de Deus. É com razão que o anjo Gabriel a saúda com o seu “Alegra-te”. É a ação de graças de todo o Povo de Deus que Maria, aceitando a missão que Deus Pai lhe confiou, faz subir ao céu com o seu canto do Magnificat (Lc 1, 46-55).

É com e pelo Espírito Santo que Maria concebe e dá à luz o Filho de Deus. Sua virgindade transforma-se em fecundidade única pelo poder do Espírito Santo. Finalmente, por Maria, o Espírito Santo começa a por os homens em comunhão com Cristo, e os pobres e humildes são sempre os primeiros a conhecê-lo e recebê-lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos.

Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a “nova Eva”, a Mãe de todos os viventes, a Mãe de Deus. É nesta qualidade que Maria está presente com os doze apóstolos e os discípulos, com “um só coração, assíduos na oração” (At 1, 14). É assim que a Virgem Santíssima está presente e assiste à manifestação do Espírito Santo, na manhã de Pentecostes.

O Cristo Jesus -: toda a missão do Filho e do Espírito Santo na plenitude dos tempos está contida no fato de o Filho ser o Ungido do Espírito desde a sua Encarnação. Jesus é o Cristo, o Messias. Toda a obra de Cristo é missão conjunta do Filho e do Espírito Santo. Jesus não revela plenamente aos homens o Espírito Santo, até que Ele mesmo seja glorificado por sua morte e Ressurreição. Entretanto, vai sugerindo a existência do Espírito pouco a pouco, nos seus ensinamentos às multidões, quando revela que a sua Carne será alimento para a vida do mundo. Sugere isso a Nicodemos (Jo 3, 5-8), à samaritana (Jo 4, 10) e aos que participam da festa dos Tabernáculos (Jo 7, 37-39). Aos seus discípulos, Jesus fala do Espírito abertamente, a propósito da oração (Lc 11, 13) e do testemunho que deverão dar (Mt 10, 19-20).

Foi somente quando chegaram a hora em que iria ser glorificado que Jesus, enfim, promete a vinda do Espírito Santo, pois a sua morte e Ressurreição será o cumprimento da promessa feita por Deus: o Espírito da Verdade, o outro Paráclito, será enviado por Deus Pai a pedido de Jesus.

O Espírito Santo virá, nós o conheceremos, Ele estará conosco para sempre, Ele permanece junto a nós. Ele nos ensinará tudo e nos lembrará de tudo o que Jesus nos disse. O Espírito Santo nos vai conduzir à Verdade inteira e glorificará ao Cristo. Quanto ao mundo, o Espírito irá mostrar-lhe o pecado, a justiça e o julgamento.

Quando, por fim, chega a hora de Jesus, Ele entrega o seu Espírito ao Pai, de maneira que, “ressuscitado dos mortos pela glória do Pai” (Rm 6, 4) dá o Espírito Santo soprando sobre seus discípulos (Jo 20, 22). A partir desse momento, a missão de Cristo e do Espírito Santo passa a ser a missão da Igreja: “Como o Pai me enviou, Eu também vos envio” (Jo 20, 21).


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