Aula 16/03/15 – Liturgia: O Ciclo Da Páscoa


LITURGIA: O CICLO DA PÁSCOA

16/Março/2015

Como se compõe o ciclo da Páscoa -: a liturgia da Igreja Católica concede especial atenção ao ciclo da Páscoa, desde que ela é a principal festa do ano litúrgico. O ciclo pascal compreende, pois, três fases distintas, que são:

1. Fase de preparação-: são os quarenta dias da quaresma, que vai desde a quarta-feira de cinzas até à tarde da quinta-feira santa;

2. Fase da celebração -: o tríduo pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo;

3. Fase de prolongamento -: marcado por duas outras solenidades da Igreja: a Ascensão do Senhor e o Pentecostes.

Veremos a seguir uma breve explicação sobre as três fases da liturgia do ciclo da Páscoa:

A fase de preparação -: chamada liturgicamente de tempo de preparação, a quaresma tem dois momentos distintos: o primeiro vai da quarta-feira de cinzas até o domingo de Ramos, e o segundo, como preparação imediata, vai do domingo de Ramos até à tarde de quinta-feira santa, quando se encerra então o ciclo quaresmal.

O tempo da quaresma é um tempo privilegiado na vida da Igreja. É um tempo forte, de conversão verdadeira e de mudança de vida. A palavra mais importante do tempo da quaresma é “metanóia”, uma palavra grega que significa “conversão”. Neste tempo se observam os grandes exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. A Igreja recomenda também que se pratiquem outras três formas de preparar de maneira correta a vinda da Páscoa: o jejum, a esmola e a oração. Estes três exercícios são exercícios bíblicos recomendados desde os primeiros tempos da Igreja, e mesmo antes, na imitação da espiritualidade judaica.

No Brasil, juntamente com a quaresma, realiza-se a Campanha da Fraternidade, que sempre focaliza um tema da vida social.

Os domingos da quaresma são seis, contando-se o domingo de Ramos, que é o sexto. Existe também o domingo da alegria, chamado “Laetare” (“alegrar-se”, em latim) que é o quarto domingo da quaresma.

A palavra “quaresma” vem do latim “quadragésima” que significa “quarenta”. E está ligada a acontecimentos bíblicos que dizem respeito à história da Salvação: jejum de Moisés no monte Sinai, caminhada de Elias ao monte Horeb, caminhada do povo de Israel no deserto, jejum de Cristo no deserto, e outros.

A fase de celebração -: o tríduo pascal não é somente o centro da Páscoa, mas também de toda a vida da Igreja. Ocupa o primeiro lugar na liturgia, em ordem de grandeza. Como disse São Paulo Apóstolo, “se Cristo não ressuscitou, vã seria a nossa fé”. (1Cor 15, 14). A Páscoa é, portanto, o ápice de todo o acontecimento da Redenção que Cristo nos proporcionou.

O tríduo pascal começa na quinta-feira santa, na missa vespertina, chamada “Ceia do Senhor”, tem seu centro na Vigília Pascal do sábado e encerra-se com a missa vespertina do domingo de Páscoa. O tríduo pascal é tão importante que, sem ele, não existiria a liturgia e o que teríamos seria uma Igreja sem Sacramentos e sem a misericórdia redentora. Isto porque, sem a Ressurreição de Cristo, não haveria, principalmente, a Eucaristia.

Portanto, o domingo de Páscoa deve ser visto como “o domingo dos domingos”, dia sagrado por excelência.

A fase de prolongamento -: como já especificado acima, além da preparação e da celebração, o ciclo pascal tem duas outras solenidades que fazem parte também do seu calendário. São elas as festas da Ascensão do Senhor e do Pentecostes.

A Ascensão do Senhor é o domingo que celebra a subida de Jesus aos céus, quarenta dias após a Ressurreição (conforme Atos, 1, 1 – 3). A data certa da solenidade seria na quinta-feira anterior, mas a Igreja transferiu para o domingo seguinte essa celebração.

O Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa. É a solenidade que se celebra após 50 dias da Ressurreição. O Pentecostes, como já foi dito, coroa toda a obra da Redenção, pois aí Jesus Cristo cumpre a promessa feita aos apóstolos, segundo a qual enviaria o Espírito Santo Consolador, para os confirmar e fortalecer na missão apostólica.

A vinda do Espírito Santo deve ser entendida também como numa dimensão eclesiológica, ou seja, deve ser estendida a toda a Igreja, em todos os tempos, conforme o desejo do Pai e do Filho. Com o Pentecostes encerra-se, pois, o ciclo da Páscoa.


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