Aula 14/05/18 – Propragação da Doutrina Cristã


PROPAGAÇÃO DA DOUTRINA CRISTÃ

14/MAIO/2018

Expansão da Igreja – Jesus fundou o Reino de Deus no mundo e determinou aos seus discípulos que o proclamassem não só para Israel, mas para todos os povos da terra. Logo após a ressurreição, o núcleo original da Igreja era Jerusalém que, por cerca de 12 anos, foi dirigido por Pedro (até 41 +-). Durante esse período, o cristianismo se expandiu quase que exclusivamente em Israel e muito pouco por outras nações. Desta forma, nos primeiros tempos a Igreja foi constituída praticamente por judeus e por uma pequena parcela de pagãos estrangeiros– moradores na Palestina – que haviam se convertido ao cristianismo. Aqueles que acreditavam em Jesus Ressuscitado – esses eram cristãos. Daí o termo “cristianismo”.

Judeus Cristãos – assim eram chamados os judeus que haviam aceitado a fé cristã. Eles, mesmo convertidos, continuavam a observar as Leis de Moises contidas na Torá. Cumpriam também, como bons judeus, as mais de 600 regras do judaísmo, dentre as quais comparecerem ao Templo, na época da Páscoa, a observância dos sábados, não comerem carnes com sangue e frequentarem as sinagogas. Os homens deviam também ser circuncidados logo após o nascimento. Aos sábados iam às sinagogas e a cada 8 dias, aos domingos, reuniam-se com os outros cristãos (às escondidas) para celebrarem a eucaristia. No ano 41 Pedro foi preso por Herodes Agripa I e, libertado pelos anjos, foi para Roma. Então, como chefe da Igreja de Jerusalem, assumiu São Tiago Alfeu.

São Paulo e a Expansão da Igreja – Depois de convertido, Paulo, inspirado diretamente por Deus, começou a pregar o cristianismo para outros povos, vizinhos de Israel. Devido às suas viagens, foi conhecer Pedro, Tiago e os demais apóstolos só 3 anos depois de sua conversão.

Cristãos Helenicos – assim eram chamadas as pessoas de outras nacionalidades que haviam se convertido ao cristianismo. Falava grego principalmente, tinha outra cultura, outros costumes e, por isso, não aceitavam se submeter às regras do cristianismo judeu: não aceitavam o Templo como lugar de salvação (recusavam-se a ir até lá na Pascoa), não respeitavam os sábados, comiam todos os tipos de comidas, não iam às sinagogas, e principalmente não aceitavam de forma alguma a circuncisão. Para convertê-los, Paulo pregava que para ser cristão bastava ser batizado, crer em Cristo, o Messias, e praticar seus ensinamentos.

Conflito Entre Paulo e Tiago – (45 a 50 DC) – Para a Igreja de Jerusalém, o que Paulo pregava era praticamente uma “seita” dentro do cristianismo. Isso acarretou um grande desentendimento entre as duas Igrejas e até mesmo uma perseguição contra ele. Paulo, então, foi a Jerusalém para se entender com Pedro e os demais os apóstolos: (At 9, 26-31) – “Paulo chegou a Jerusalém e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele pois não acreditavam que ele fosse discípulo. Então Barnabé tomou Saulo consigo, levou-o aos apóstolos e contou-lhes como Saulo tinha visto o Senhor no caminho, como o Senhor o havia falado e como Saulo havia pregado em nome de Jesus publicamente na cidade de Damasco. Daí em diante Saulo permaneceu com eles em Jerusalém e pregava com firmeza em nome do Senhor. Falava também e discutia com os judeus de … mas eles procuravam matà-lo. Quando ficaram sabendo disso, os irmãos levaram Saulo para Cesaréia e daí para Tarso”.

O Primeiro Concílio da Igreja – Na discussão, Pedro acalmou os ânimos e, após reuniões com Paulo e os demais apóstolos, as dificuldades foram sanadas: as regras dos judeus cristãos continuariam a ser observadas por eles – mas não necessariamente pelos cristãos de outros povos. Paulo pode, então, continuar a pregar o Cristo aos gentios até morrer, aproximadamente no ano 61DC. “Cristo de ambos os povos fez um só, tendo derrubado o muro da separação… a fim de reconciliar a ambos com Deus em um só corpo, por meio da cruz, na qual ele matou a inimizade” (Ef 2, 14-16)

Forma de Comunicação Entre as Igrejas – o primeiro evangelho, o de Marcos, foi escrito somente por volta do ano 70 DC. Depois dele surgiram os de Mateus e de Lucas (entre 70 e 80) e o de João por volta de 95 a 100 DC. Desde os primeiros anos até o surgimento dos evangelhos, as Igrejas se comunicavam por intermédio de CARTAS escritas de uma comunidade para outra. Essas cartas (ou epistolas) além de fortalecerem a fé em Cristo serviam como passaporte (para apresentarem seu o portador como enviado especial), para darem informações e também para comunicarem as nomeações de novos bispos. As Cartas de Paulo foram escritas entre os anos 50 a 58. A partir de então outros núcleos da Igreja foram surgindo: Antioquia, Alexandria, Grécia, Corinto, Éfeso, Roma, etc.

No século II o cristianismo já havia chegado a muitas regiões da Europa e norte da África.


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