Aula 13/02/17 – O Dilúvio Universal
O DILÚVIO UNIVERSAL
13/Fevereiro/2017
O cristão e o Dilúvio -: o cristão que lê a narração do Dilúvio dito Universal sem maiores preocupações senão a fé, aceita integralmente o episódio como está escrito, julgando portanto que o Dilúvio foi realmente “universal”, isto é, que as águas tenham literalmente coberto a Terra toda e tenham feito perecer todos os homens.
Em tempos mais modernos, a Ciência demonstrou com provas exatas que isso seria impossível de acontecer e, portanto, nenhum católico instruído pode hoje aceitar a hipótese do Dilúvio ao pé da letra. Assim, a Igreja procurou estudar a questão e realmente chegou à conclusão de que o Dilúvio de que fala a Bíblia foi um fenômeno que aconteceu de fato (e sobre isso há provas científicas), mas que sucedeu apenas naquelas extensões de terra conhecidas pelos escritores do Gênesis.
Outra pergunta importante -: mas logo surgiu outra questão importante: no Dilúvio morreram todos os homens da Terra, ou apenas aqueles que habitavam aquelas regiões? Ora, se aceitarmos que TODOS os homens morreram isso seria aceitar também que naqueles tempos só havia seres humanos naqueles lugares e o resto da Terra era desabitado. Mais uma vez, a Ciência comprovou que, desde os primeiros tempos da Humanidade, havia homens habitando em quase todos os locais da Terra. Então se tornou claro para o leitor da Bíblia que:
a) Dilúvio aconteceu somente na região do Oriente Próximo conhecido pelo Povo que se tornaria o Povo de Deus, ou seja, aproximadamente nas regiões onde hoje se localizam o Iraque, Israel e parte da Armênia;
b) Os homens que morreram no Dilúvio não foram TODOS, mas apenas aqueles que habitavam essas regiões e que tinham contato com o Povo de Deus.
É fácil de explicar isso: para a Bíblia, interessa contar apenas a história dos homens que, de uma maneira ou de outra, faziam parte do Povo de Deus ou estavam em contato com esse Povo. Já foi dito muitas vezes que a Bíblia não é um livro científico, mas um livro que trata apenas das relações do ser humano com Deus. Por esse motivo, para a Bíblia (pelo menos no Antigo Testamento) interessa apenas aquele Povo e aquela região específica.
Noé e a Arca -: Quanto à história de Noé e da sua Arca, muitas tentativas houve de encontrar restos da Arca que, segundo o Gênesis, encalhou no monte da Armênia chamado Ararat, na fronteira com a Turquia. Algumas expedições encontraram realmente restos de madeira nessa montanha, mas é muito difícil provar que são os restos da Arca de Noé. De qualquer forma, a história de Noé e de sua Arca tem um simbolismo muito forte para nós, os católicos e que iremos discutir na reunião de grupos. Mas é importante lembrar que o Dilúvio significa que há também um castigo para aqueles que o mereçam e que não ouvem os avisos de Deus.
Noé era um homem temente a Deus, e procurava fazer a sua Vontade. Era casado e tinha três filhos, chamados Sem, Cam e Jafet. Os três filhos de Noé eram também casados, de modo que a família de Noé era composta de oito adultos.
Conta a Bíblia que Deus, aborrecido com os homens daquela região, que viviam uma vida sem regras e materialista ao extremo, resolveu castigar o povo. Chamou então Noé, contou-lhe o que ia fazer e mandou que Noé construísse uma arca, que deveria ser tão grande quanto um navio, parecida com uma grande caixa. “Faça a arca com três andares, e compartimentos”, disse Deus a Noé. A arca deveria ser construída com todo o cuidado, bem calafetada, de modo a não entrar água, pois Deus afirmou: “Mandarei um grande dilúvio de água que destruirá tudo. Quem não estiver na arca vai morrer”.
Noé e seus filhos obedeceram a Deus e começaram a construir a arca. Vendo aquilo, o povo da região começou a rir e caçoar, não fazendo conta dos avisos de Noé, que lhes dizia o que iria acontecer. Ninguém acreditou.
Levou muito tempo para a arca ser construída, pois ela era muito grande. Após alguns anos, ficou pronta. Deus então instruiu Noé a levar para a arca um casal de cada animal existente. Noé assim fez, e entrou na arca com sua família.
O dilúvio veio na forma de uma chuva torrencial, que duraram 40 dias. Na arca, Noé e sua família esperavam a chuva parar e as águas baixarem. Liberavam uma pomba de tempos em tempos, para saber se já havia um local onde pudessem descer à terra. Quando isso aconteceu, a arca parou no monte Ararat.
É importante lembrar que um dos filhos de Noé, chamado Sem, foi o ancestral do povo judeu, que é conhecido como o povo da raça semita, ou seja, originada de Sem.