Aula 12/08/19 – Vocação Familiar


ESCOLA VIVENCIAL DO GED DE PIRACICABA – 2019 

                                       VOCAÇÃO FAMILIAR

                                                       12/Agosto/2019 

A vocação pela família -: a vocação é um chamado, logo exige resposta. Na vida cristã, a vocação familiar é um dom de Deus, e como tal, inestimável. Lembremos que a família é o berço das vocações específicas, é o lugar onde se desenvolvem no ser humano o seu relacionamento e interações com os outros. A nossa Igreja ensina que a família é uma instituição divina desde a criação do mundo. Por isto, “O homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois já não serão duas, mas uma só carne” (Mt 19, 5).  Os sagrados laços do matrimônio despertam no homem e na mulher a vocação ao amor, dado por Deus a todo ser humano. O parágrafo 1604 do Catecismo da Igreja Católica chama a atenção para isto: “Deus criou o homem por amor, também o chamou para o amor, vocação fundamental e inata para o ser humano”.

 

 

O Matrimônio -: o matrimônio é o início de uma nova família. Além de ser uma instituição divina, é também um dom natural, e garante a perpetuação da espécie ao longo do tempo. É, portanto uma aliança onde o homem e a mulher se unem pela vida toda, tendo em vista o bem de ambos e a geração e educação dos filhos. E lembremos que o próprio Jesus elevou o matrimônio à dignidade de Sacramento.

A Igreja nos ensina, no documento Gaudium et Spes, o seguinte: “a salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar”. A família é, pois, a vocação natural dos seres humanos. As demais vocações são específicas e não existiriam não fossem as famílias oferecendo seus membros para o bem comum. Daí a afirmação da Igreja da necessidade da família para a salvação da humanidade.

As exigências do Matrimônio -: assim como Cristo amou a Igreja, os cônjuges devem se amar também. São os dois que se conferem um ao outro, o sacramento de Cristo, mostrando à sociedade ali reunida, o seu consentimento. Neste sacramento, os esposos recebem o Espírito Santo, que expressa a bênção de Deus sobre eles e sobre a nova família que ali está nascendo.

A família assim formada e abençoada por Deus tem, como tudo na vida, as suas exigências, que são principalmente três: indissolubilidade, fidelidade e fecundidade. Estas exigências são as mesmas que Jesus assumiu para com a sua Igreja: Ele jamais a deixará, será sempre fiel e produzirá os frutos para a salvação da humanidade. O amor consagrado pelo matrimônio cristão é indissolúvel, pois nada pode rompê-lo; nenhuma miséria humana deve ser capaz de dissolver este amor. É fiel, porque, como disse o Senhor Jesus constitui uma só carne. Finalmente, é fecundo porque Deus ordenou que os seres humanos “crescessem e se multiplicassem”.

 

A Sagrada Família -: Jesus nasceu em uma família, a sagrada família de Nazaré, com Maria e José. A Igreja é a família de Deus. Nela todos são chamados a servir ao Deus vivo e verdadeiro. “Crê no Senhor Jesus e serão salvos, tu e tua família” (At 16, 31). O nosso tempo exige que as famílias se convertam na fé e animem os ambientes com a força que vem do próprio Deus. O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 1656 ressalta esta necessidade: “Em nossos dias, num mundo que se tornou estranho e até hostil à fé, as famílias cristãs são de importância primordial como lares de fé viva e radiante. Por isso, o Concílio Vaticano II chama a família usando uma expressão antiga, de “Igreja Doméstica”. São no seio da família que os pais são para os filhos, pela palavra e exemplo, os primeiros mestres da fé”.

 

O espaço sagrado -: o lar da família é o espaço privilegiado da educação, do cuidado e da ternura; é a escola da vida e da fé. Os pais são, dessa maneira, os primeiros catequistas de seus filhos. Cabe aos pais introduzir seus filhos no caminho cristão e acompanhar todo o seu desenvolvimento nas diversas etapas do caminho da fé. O lar familiar é também o celeiro das vocações; as melhores e mais importantes orientações vem de casa.

Ninguém deve estar privado da família. Assim também nossas igrejas, comunidades paroquiais e núcleos de movimentos devem ser casa e família para todos, especialmente para os mais necessitados de aprofundamento na fé, para os excluídos de amor e auxílio material e espiritual.

Segundo a orientação de São Paulo Apóstolo, “Que os maridos amem suas esposas como Cristo amou sua Igreja” (Ef 5, 25). E para terminar, apenas a citação de uma música conhecida por todos, criada pelo padre Zezinho, que expressa perfeitamente o valor da família: “Que a família comece e termine sabendo aonde vai, que o homem carregue nos ombros a graça de um pai, que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor, e que os filhos conheçam a força que brota do amor”.


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