Aula 12/05/2014 – MARIA NO EVANGELHO DE LUCAS E NOS ATOS DOS APÓSTOLOS


MARIA NO EVANGELHO DE LUCAS E NOS ATOS DOS APÓSTOLOS

12/Maio/2014

Lucas e seus escritos -: O Evangelho de Lucas foi escrito por volta dos anos 79 ou 80 depois de Cristo. Teve como destinatário primeiro um certo “Teófilo” que nos é desconhecido. Este Evangelho foi escrito principalmente para os gentios, isto é, os nãos judeus. Lucas se esforça para explicar os costumes judaicos e, algumas vezes, substitui nomes gregos por hebraicos.

Como também é autor do livro dos Atos dos Apóstolos, Lucas reúne a História da Salvação em três etapas, e organiza sua obra a partir desta visão dos acontecimentos:

1ª. Etapa – período preparatório à vinda de Jesus. Israel espera com alegria a vinda do Messias (Evangelho);

2ª. Etapa – a vida de Jesus, sua encarnação, sua presença, sua manifestação, paixão, morte, ressurreição e glorificação (Evangelho);

3ª. Etapa – tempo da Igreja que se constrói por obra do Espírito Santo (Atos).

Lucas é o evangelista que mais fala de Maria. Dos 152 versículos que falam de Nossa Senhora no Novo Testamento, 90 são de Lucas. Ele nos apresenta muitas das qualidades de Maria. Ela é o exemplo vivo do discípulo e seguidor de Jesus, que acolhe a Palavra de Deus com fé, guarda e medita em seu coração e põe em prática os ensinamentos de seu Filho. O “SIM” dado a Deus Pai em sua juventude é renovado sempre, no decorrer de sua vida.

A pessoa de Maria -: Maria, embora sem a mancha do pecado original, não nasce como uma santa pronta e acabada. Ela passa por crises e situações difíceis, o que contribui para seu crescimento na fé. Por outro lado, principalmente no seu maravilhoso “Magnificat”, Maria nos lembra de que Deus escolhe preferencialmente os pobres e os pequenos para iniciar seu Reino. Maria é uma pessoa de coração pobre e todo aberto para Deus; tem um coração solidário e serviçal, sempre pronto a ajudar aos necessitados. O Evangelho de Lucas mostra a grande importância de Maria, e a tradição antiga diz que Lucas baseou quase todo o seu Evangelho nas conversas que teve com Maria, por isso mesmo, muitas passagens relativas tanto à Mãe quanto ao Filho só são encontradas ali. Lucas é conhecido pelos exegetas como “O pintor de Maria”.

A conduta de Maria nos escritos de Lucas -: Maria recebeu de Deus altos dons e a eles respondeu como uma santa criatura. Maria é a cheia de graça e o Senhor está com ela; concebeu por obra e graça do Espírito Santo e foi a Mãe de Jesus sem deixar de ser virgem; foi e será proclamada bem aventurada por todas as gerações; o Todo Poderoso operou nela grandes coisas. Para bem apreciar a conduta de Maria no Evangelho de Lucas, basta ver que ela foi por primeira chamada por Isabel como bem aventurada, recebe com humildade o anúncio do Arcanjo Gabriel, pergunta com simplicidade como comportar-se para realizar a vontade de Deus, aceita submissamente os planos divinos, apressa-se, mesmo grávida, a ajudar Isabel, aflige-se profundamente pelo desaparecimento de Jesus aos 12 anos, mas aceita serenamente o que naquele momento não consegue compreender. Tudo isso, e muito mais, nos é relatado por Lucas com grande clareza.

Como compreender isso? -: Frequentemente, Nossa Senhora é alvo de ataques por grande parte de nossos irmãos separados, principalmente os assim chamados “evangélicos” (por acaso não somos todos os cristãos também evangélicos?). Muitos chegam a ter verdadeiro ódio de Maria. Mesmo as igrejas protestantes sérias não tem o culto a Maria, considerando-a simples criatura necessária para que a vontade de Deus se cumprisse, e que depois perdeu todo o valor. Seria o fato de perguntar a todos eles se a própria mãe de cada um serviu apenas para colocá-lo no mundo e nada mais. Que filho suporta ouvir absurdos sobre a própria mãe? Jesus é filho de Maria. O que pensa Ele sobre isso?

Tirando a pessoa de Jesus, Maria é a criatura mais importante dos Evangelhos todos, e os escritos de Lucas nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos nos mostram que Maria acompanhou seu Filho em todos os momentos da sua vida. No momento da morte de Jesus, lá estava Maria, juntamente com João e algumas outras mulheres, aos pés da cruz. Todos os demais haviam fugido. Ela recebeu de seu Filho a missão de ser Mãe de todos nós.

Os Atos mostram Maria no Cenáculo, junto aos Apóstolos, no dia de Pentecostes, animando a todos com sua presença e santidade. Foi quando o Espírito Santo deu a todos a fé e a coragem necessárias para saírem e pregarem o Evangelho, sem qualquer tipo de receio. Maria conviveu com Jesus por mais de 30 anos. Como não amar essa criatura? Como ousar considerá-la simples objeto de necessidade?

O culto católico a Maria -: a Igreja venera Maria Santíssima como a Mãe de Deus e nossa. Maria é a mulher por excelência, do Gênesis ao Apocalipse. Diz este último livro sobre Maria: “Uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Ela deu à luz um filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro” (Ap. 12, 1). Defendamos nossa Mãe. Que filho não defende a sua Mãe?


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