Aula 10/2011 – A SALVAÇÃO DE DEUS: A GRAÇA


10 – A SALVAÇÃO DE DEUS: A GRAÇA

(Itens 1996 a 2016 do Catecismo da Igreja Católica

A justificação -: a Graça do Espírito Santo tem o poder de nos justificar, isto é, purificar-nos dos nossos pecados e comunicar-nos “a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo” (Rm 3, 22) e pelo Batismo. Também pelo poder do Espírito Santo, participamos da Paixão de Cristo morrendo para o pecado, e da sua Ressurreição, nascendo para uma vida nova. Ainda pelo Espírito, somos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja.

A primeira obra da Graça do Espírito Santo é a conversão que realiza a justificação, segundo as palavras de Jesus no princípio do Evangelho: “Arrependei-vos (convertei-vos) porque está próximo o Reino dos céus” (Mt 4, 17). Sob os efeitos da Graça, o homem se volta para Deus e se aparta do pecado. Assim, “a justificação alcança a remissão dos pecados, a santificação e a renovação do homem interior”(Conc. De Trento: DS 1528).

A justificação, pois, aparta o homem do pecado e lhe purifica o coração. Ela promove também o acolhimento da justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. É importante lembrar que a justificação nos foi merecida pela Paixão de Jesus Cristo, e nos é comunicada inicialmente pelo Batismo, Sacramento de fé.

Outro aspecto de grande importância é que a justificação estabelece a colaboração entre a Graça de Deus e a liberdade do homem. A justificação é a obra mais maravilhosa do amor de Deus.

A Graça -: nossa justificação vem pela Graça de Deus. A Graça é o favor, o socorro gratuito que Deus nos dá para responder ao seu convite: tornar-nos filhos de Deus, participantes da natureza divina e da vida eterna.A Graça é ainda uma participação na vida divina; introduz-nos na intimidade da vida da Trindade Santa. Desta forma, o homem que recebe a Graça e a conserva, pode chamar a Deus de “Pai”, como filho adotivo.

A vocação para a vida eterna é sobrenatural. Ela não depende de nós e sim da iniciativa de Deus, pois apenas Ele pode dar-se a si mesmo. A vocação para a vida eterna ultrapassa as capacidades da inteligência e as forças da vontade do homem. A Graça é, pois, o dom gratuito que Deus nos faz da sua vida e da sua amizade, infundida em nós pelo Espírito Santo, para livrar-nos do pecado e curar a nossa alma. Podemos, então, chamá-la de Graça Santificante.

Deve-se distinguir a Graça Santificante (também chamada Graça Habitual), das Graças Atuais, que são intervenções momentâneas divinas, transitórias e que se manifestam quando delas necessitamos e as pedimos, se assim for a vontade de Deus.

A própria preparação do ser humano para receber a Graça Santificante já é uma obra da Graça. A preparação é necessária para despertar a fé e mantê-la durante a vida. No entanto, é preciso compreender que a iniciativa de Deus para que aceitemos a sua Graça pede a livre vontade e a livre resposta do homem. Deus oferece a Graça, mas não nos força a aceitá-la. Quer ser nosso amigo, mas não impõe a sua amizade. Por isso, uma preparação adequada é a melhor forma de nos fazer compreender tudo aquilo que Deus quer de nós.

Como já sabemos, a Graça nos é infundida pelo Espírito Santo; portanto, ela reúne igualmente em nossa alma os dons que o Espírito possui, o que nos torna capazes de colaborar com a nossa salvação e com a salvação dos outros. Isso promove o crescimento do Corpo de Cristo, a Igreja.

A Graça Santificante reúne também em si as chamadas graças Sacramentais, dons próprios dos diferentes Sacramentos. Existem ainda as graças Especiais, que São Paulo Apóstolo designava como “Carismas”, palavra grega que significa “dom gratuito”, “favor”, “benefício”. Seja qual for a sua manifestação, às vezes extraordinária (como o dom dos milagres ou das línguas), os carismas são parte da Graça Santificante e tem como objetivo o bem comum. Em Rm 12, 6 – 8, São Paulo Apóstolo explica como devem ser usados os carismas: “Tendo, porém, dons diferentes, segundo a graça que nos foi dada, aquele que tem o dom da profecia, que o exerça segundo a proporção da nossa fé; aquele que tem o dom do serviço, o exerça servindo; quem tem o dom do ensino, ensinando; quem o da exortação, exortando. Aquele que distribui os seus bens, que o faça com simplicidade; aquele que preside, com diligência; aquele que exerce misericórdia, com alegria”.

Sendo de ordem sobrenatural, a Graça só pode ser conhecida pela fé, ou seja, nada no mundo material pode comprová-la. Não podemos, portanto, basear a nossa fé em nossos sentimentos e nem mesmo em nossas obras, para daí deduzirmos que já estamos justificados e salvos. Como disse Santa Joana D´Arc, “Se não estou na Graça de Deus, que Deus me coloque nela; se estou, que Deus nela me conserve”.

O mérito -: a palavra “mérito” designa, em geral, a retribuição devida pela comunidade ou sociedade pela ação de um dos seus membros, seja boa ou má, digna de recompensa ou de castigo. Diante de Deus não há mérito da parte do homem. Como a iniciativa pertence a Deus na ordem da Graça, ninguém pode merecer a Graça primeira, que Deus nos dá por amor e não porque tivemos algum mérito. A caridade de Jesus Cristo, infundida em nós pelo Espírito Santo, e por nós conservada ativamente, constitui o nosso único mérito diante de Deus.

A santidade cristã -: todos os fiéis cristãos são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Isso quer dizer que somos todos chamados a ser santos. Jesus já nos ensinava que “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48). A Encíclica Lumen Gentium (Luz dos Povos) exorta-nos a perseguir a santidade cristã: “Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, e se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do Povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja, pela vida de tantos santos” (LG 40).

O caminho da santidade passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve ascese e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças.

Sendo de ordem sobrenatural, a Graça só pode ser conhecida pela fé, ou seja, nada no mundo material pode comprová-la. Não podemos, portanto, basear a nossa fé em nossos sentimentos e nem mesmo em nossas obras, para daí deduzirmos que já estamos justificados e salvos. Como disse Santa Joana D´Arc, “Se não estou na Graça de Deus, que Deus me coloque nela; se estou, que Deus nela me conserve”.

O mérito -: a palavra “mérito” designa, em geral, a retribuição devida pela comunidade ou sociedade pela ação de um dos seus membros, seja boa ou má, digna de recompensa ou de castigo. Diante de Deus não há mérito da parte do homem. Como a iniciativa pertence a Deus na ordem da Graça, ninguém pode merecer a Graça primeira, que Deus nos dá por amor e não porque tivemos algum mérito. A caridade de Jesus Cristo, infundida em nós pelo Espírito Santo, e por nós conservada ativamente, constitui o nosso único mérito diante de Deus.

A santidade cristã -: todos os fiéis cristãos são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Isso quer dizer que somos todos chamados a ser santos. Jesus já nos ensinava que “Deveis ser perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5, 48).

A Encíclica Lumen Gentium (Luz dos Povos) exorta-nos a perseguir a santidade cristã: “Com o fim de conseguir esta perfeição, façam os fiéis uso das forças recebidas (…) cumprindo em tudo a vontade do Pai, e se dediquem inteiramente à glória de Deus e ao serviço do próximo. Assim, a santidade do Povo de Deus se expandirá em abundantes frutos, como se demonstra luminosamente na história da Igreja, pela vida de tantos santos” (LG 40).

O caminho da santidade passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve ascese e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças.


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