Aula 10/03/2014 – A ORAÇÃO PELOS MORTOS


A ORAÇÃO PELOS MORTOS

10/MARÇO/2014

A comunhão entre a Igreja do céu e da terra -: “alguns dos discípulos do Senhor peregrinam nesta terra; outros, terminada esta vida, são purificados, enquanto que outros são glorificados, vendo claramente o próprio Deus Uno e Trino” (Lumen Gentium 49). Estas palavras nos indicam o destino dos fiéis: estamos na terra ainda nesta vida; ao morrermos, seremos purificados (no Purgatório) ou estaremos para sempre junto a Deus e seus santos.

Este é o conceito da Igreja Militante (desta vida), da Igreja Padecente (no Purgatório) e da Igreja Triunfante (junto a Deus).

Isso significa que existe uma ligação muito forte entre a Igreja deste mundo e a Igreja do céu. Não sabemos o destino que teremos após a morte. Seremos dignos de estar no céu junto a Deus ou não?

O que é a Oração? -: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um olhar lançado ao céu, é um grito de reconhecimento e amor no meio do sofrimento ou no meio da alegria”. Assim definiu a oração Santa Teresinha do Menino Jesus. A oração é a elevação da alma a Deus e os pedidos que a Ele ousamos fazer. Jesus nada fazia sem antes elevar ao Pai a sua oração. Então, precisamos orar sempre e em qualquer situação. Mas, recordando a comunhão entre a Igreja do céu e a Igreja da terra, que dizer da prática muito discutida de se rezar pelos mortos? Há quem diga que se a pessoa está morta, de nada valerá rezar por ela, pois já estará julgada. A doutrina católica ensina, porém, que quem está sendo purificado necessita de nossas orações. Daí a necessidade de se rezar pelos mortos, pois não sabemos seu destino.

Testemunhos dos santos sobre a oração pelos mortos -: muitos são os testemunhos da Igreja sobre a oração pelos falecidos. A começar pelo Didaqué(catecismo da Igreja Primitiva) que diz o seguinte: “…nas vossa reuniões, lede as Sagradas Escrituras e o pão que for santificado, oferecei-o orando pelos mortos”. Isso significa que já na época dos Apóstolos, orar pelos mortos era uma prática corrente.

S. Gregório Magno, Papa e doutor da Igreja, disse o seguinte: “No que concerne a faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador… desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente (isto é, nesta vida) ao passo que outras, no século futuro (após a morte)”.

S. João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja: “… se os filhos de Jó foram purificados pelos sacrifícios de seu pai, porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles”.

S. Cirilo, bispo de Jerusalém: “Enfim, também rezemos pelos santos padres e defuntos e por todos que em geral viveram entre nós, crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas…”.

A Doutrina da Igreja Católica sobre a oração pelos mortos -: no Catecismo da Igreja Católica, encontramos os seguintes dizeres sobre esta assunto: “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o Corpo Místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre,desde os tempos primitivos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos… a nossa oração por eles (no Purgatório) pode não somente ajudá-los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós” (CIC, 958).

Como se vê, a oração pelos mortos não só é válida por eles, mas também poderá ajudar-nos ainda nesta vida. Isso é muito importante.

Ensinamentos do Papa João Paulo II -: “… a Igreja do céu, da terra e do purgatório estãomisteriosamente unidas nesta cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus.

É inegável a dimensão social do Sacramento da Penitência no qual é toda a Igreja , militante, padecente e triunfante, que intervém em auxílio do penitente. Numa misteriosa troca de dons, eles (no Purgatório) intercedem por nós e nós oferecemos por eles as nossas orações de sufrágio”.


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