Aula 09/06/2014 – MARIA, MODELO NO SEGUIMENTO DE CRISTO


MARIA, MODELO NO SEGUIMENTO DE CRISTO

09/Junho/2014

Ser discípulo de Cristo -: “… felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11, 27-28). Por essas palavras de Jesus, entendemos que ser cristão é ser discípulo de Cristo, independentemente do tempo, lugar e situação em que estivermos. No início de sua pregação, Jesus deixou bem clara as condições para seu seguimento: “Quem quiser ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me” (Mt 16, 24). Exigiu buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (Mt 6, 33). A quem lhe perguntou qual é o maior dos mandamentos, respondeu que é amar a Deus e ao próximo. Como lhe perguntassem quem é o próximo, contou a parábola do bom samaritano. Declarou que o sinal que distingue seus discípulos é o amor, e que aquele que quiser ser o primeiro, que seja o último e o servo de todos, a exemplo dele, que veio para servir e não para ser servido.
Após a Ressurreição, Cristo enviou seus discípulos pelo mundo todo, a fazer seguidores seus, batizando-os em nome da Trindade e evangelizando a todos. Por isso, entrando no seguimento de Cristo e nele crescendo, o discípulo se torna ao mesmo tempo um evangelizador, pois o Espírito Santo o impulsiona a anunciar aos outros a experiência do encontro com Deus. Tudo isso é o seguimento de Cristo. Como seguidores de Cristo, estamos praticando aquilo que o Senhor nos pede?

Maria, figura inspiradora no seguimento de Cristo -: em seus Sermões, Santo Agostinho disse que para Maria, de certo ponto de vista, valeu mais ser seguidora de seu Filho do que até mesmo ser sua Mãe. Ela foi chamada bem-aventurada porque acreditou e porque ouviu e praticou a Palavra de Deus. Ao receber Maria em sua casa, Isabel lhe disse: “Bendita és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas” (Lc 1, 45). Ela é bendita porque acreditou na promessa de Deus e meditou a Palavra de Deus em seu coração, para transformá-la em exemplo de vida.
Como Maria acreditou que o Filho gerado em seu seio é Deus, seguiu-O com total entrega. Assim, ela é a primeira na fé em Cristo, a primeira que O seguiu em termos de tempo e, em termos de qualidade, a que melhor compreendeu seu Filho. Ela precedeu e superou a todos como a melhor discípula de Cristo.

Maria como discípula -: na cidade de Caná da Galiléia, no início da pregação de Jesus, (Jo 2, 1-12) Maria mostrou a fé absoluta que tinha em seu Filho. Pediu e alcançou o primeiro milagre de Jesus, embora Ele achasse que ainda não era hora de se revelar. Porém, como a Mãe e discípula pediu, Jesus concedeu e fez a vontade dela. Quem mais seria capaz de modificar a Vontade de Deus?
No Pentecostes, Maria estava reunida com os discípulos, aguardando em oração a manifestação do Espírito Santo. Com certeza, acompanhou os discípulos no início da evangelização, como acompanhou seu Filho a vida toda. Sua presença no meio deles, amparando-os na fé em Jesus, foi fundamental para que a evangelização tivesse sucesso. Como a principal discípula de Cristo, gerou a fé da Igreja Primitiva, como continua a ajudar a Igreja de hoje a avançar na missão que Jesus lhe ordenou.
Mas é aos pés da cruz de seu Filho que Maria demonstrou toda a força de sua fé. Embora sofrendo como Mãe ao ver seu Filho morrendo martirizado, ainda teve forças para receber do Cristo a missão de Mãe de todos os cristãos, papel que desempenhou e continua a desempenhar até os dias de hoje.

A fiel discípula aos olhos da Igreja -: é do seguinte modo que o Documento de Puebla (292-293) se refere à união de Maria com a missão de Jesus: “… ela foi a fiel companheira do Senhor em todos os caminhos. A maternidade divina levou-a a uma entrega total… Maria, levada ao máximo na participação com Cristo, é íntima colaboradora de sua obra… Ela não é apenas o fruto admirável da Redenção; é também sua cooperadora ativa… a fé, a pobreza e a obediência ao Senhor vividas por Maria se tornam fecundas pela ação do Espírito Santo”.
O Documento de Santo Domingo (15) proclama Maria, por ser mulher de fé, plenamente evangelizada, como a mais perfeita discípula e evangelizadora, modelo de todos os discípulos e evangelizadores por seu testemunho de oração, de escuta da Palavra de Deus e disponibilidade ao serviço do Reino de Deus.
O Concílio Vaticano II, no documento sobre a Igreja (LG 65) diz que Maria brilha para toda a Igreja como exemplo de virtudes.
O Papa Paulo VI declarou Maria como “a estrela da Evangelização”. Isto demonstra, por si só, a importância de Maria no seguimento de Cristo. Baseando-nos em Maria, seremos melhores seguidores de Cristo.


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