Aula 07/05/18 – A Formação da Igreja
A FORMAÇÃO DA IGREJA
07/MAIO/2018
A Igreja Após a Morte de Cristo – Durante toda sua vida Jesus se dizia o “Filho de Deus” que tinha vindo ao mundo para pregar a vontade de Deus e agir em Seu nome – e seus atos confirmavam isso; os apóstolos logo se apaixonaram por ele, largaram tudo e passaram a segui-lo. Mas ele foi perseguido e morto pelos sacerdotes do Templo que então eram os próprios representantes de Deus na terra. Esse fato deu a entender aos discípulos que a morte de Jesus indicava que Ele havia sido rejeitado diretamente pelo próprio Deus.
Dispersão: A morte de Jesus causou um sentimento de derrota e desilusão e os discípulos – de cabeça baixa, com medo e sem esperanças – se dispersaram e voltaram para suas cidades, para suas famílias, para suas profissões; havia terminado a aventura! Tal contexto fez surgir entre os apóstolos um sentimento de derrota, de desanimo, sensação de fracasso. Perderam as esperanças em tudo o que haviam acreditado até então (LC 24,21) – e eles se dispersaram. O sonho havia chegado ao fim!
O Retorno e a União – E o que foi que aconteceu para que eles voltassem a se reunir depois da debandada; teria que ter acontecido um fato novo, imprevisto e muito importante para isso – e esse fato novo foi a Ressurreição! Logo após as primeiras notícias de que Jesus estava vivo entre eles, todos perderam o medo e passaram a se reunir em pequenas comunidades. Se não fosse isso, dificilmente eles teriam voltado (AT 2,22 ss; 3,13-15). “A partir de então … (os discípulos) passaram a se unir regularmente em nome de Deus e se mostravam assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão, às orações” (Atos, 1,42). – Assim nasceu a Igreja.
A Igreja nos Primeiros Anos – Os cristãos se reuniam a cada 8 dias nas casas de uns e de outros, para relembrarem os ensinamentos de Cristo e celebrarem a Eucaristia. “Não havia necessitados entre eles… os que possuíam terrenos ou casas, vendendo-os, traziam os valores das vendas e os depositavam aos pés dos apóstolos. Distribuía-se, então, a cada um, segundo sua necessidade” (At. 4-5).
No Inicio do Cristianismo – O órgão que dirigia os destinos da Igreja era o “colégio apostólico” composto inicialmente pelos doze apóstolos. Quem foi confiada a missão de dirigir, supervisionar e comunicar e santificar, a vida dos fiéis. Nas reuniões das comunidades um dos presentes (normalmente o proprietário da casa) era escolhido para “servir à mesa” (presidir a celebração). Não havia a figura do “celebrante”, de um lado, e os “assistentes” de outro. A comunidade é que era o verdadeiro sujeito celebrante da eucaristia. Algum tempo depois surgiu a figura do presbítero.
Batismo – Ser batizado era requisito essencial para o ingresso na Igreja e havia um rito rigoroso a ser seguido: primeiramente o nome do candidato era levado pelo “padrinho” para sua vida ser analisada por toda a comunidade. Se aprovado, era então admitido como cathecumeno e iniciava um longo curso – com duração de 3 anos – para aprender os princípios da doutrina cristã. Durante esse tempo eles podiam participar das reuniões e das leituras, mas não da eucaristia. Concluído o curso, era realizada uma sessão solene na noite anterior ao domingo de pascoa. O catecúmeno era então interrogado sobre a sua fé na presença da comunidade reunida e depois recitava, em alta voz, o “credo” – símbolo de sua admissão no grupo. Havia então imposição das mãos sobre ele, como sinal do recebimento do Espirito Santo. Somente depois disso ocorria a eucaristia batismal. Os catecúmenos deviam trazer o pão, o vinho e também leite e mel (símbolos da terra prometida) e ainda a água para o batismo. Somente depois de batizados eles aprendiam o “Pai Nosso”.