Aula 06/04/15 – Liturgia: O Ciclo Do Tempo Comum


LITURGIA: O CICLO DO TEMPO COMUM

06/Abril/2015

Algumas considerações importantes -: por “tempo comum” deve-se entender o longo período que se estende entre os outros dois ciclos litúrgicos: o ciclo da Páscoa e o ciclo da Natal. Varia entre 33 e 34 semanas.

Este tempo litúrgico começa na segunda feira após a festa do Batismo do Senhor, ou na terça feira, quando a Epifania é celebrada no dia 7 ou 8 de janeiro. Na terça feira de Carnaval, o ciclo do tempo comum se interrompe, reiniciando-se na segunda feira depois do domingo de Pentecostes e prolongando-se até o sábado que precede o primeiro domingo do Advento.

No tempo comum não é celebrado um aspecto da nossa fé, como é o caso do Natal (Encarnação) ou da Páscoa (Redenção), mas celebra-se todo o mistério de Deus, em sua plenitude. No entanto, alguns temas importantes aparecem, como são os casos de solenidades como a Santíssima Trindade, o Sagrado Coração de Jesus, o Corpus Christi e outros, que são conhecidos como “Solenidades do Senhor no Tempo Comum”.

Graus das celebrações e precedência dos dias litúrgicos -: a estrutura hierárquica da Igreja estende-se também às práticas litúrgicas. Na liturgia, não só os ritos tem grau de importância diferente, como também as próprias celebrações são diferentes em importância.

Três são os graus de celebrações litúrgicas: Solenidade, Festa e Memória. A Memória pode ser obrigatória ou facultativa. Na prática, costuma-se chamar os três graus de celebração de “Festa”, porém, eles são diferentes, como se verá a seguir:

Solenidade – é o grau máximo de celebração, aquele que admite todos os aspectos solenes e próprios da liturgia. Nas solenidades, então, três são as leituras bíblicas, canta-se o “Glória” e faz-se a profissão de fé. Para a maioria das solenidades existe o prefácio próprio. Embora tenham o mesmo grau de importância, as solenidades são diferentes quanto à precedência.

Festa – é uma celebração um pouco inferior à solenidade. Identifica-se com os dias comuns, mas nela canta-se o “Glória” e ela pode ter prefácio próprio. Em alguns casos, a festa pode tornar-se solenidade, como será explicado mais abaixo.

Memória – a memória é sempre celebração de santos, ainda um pouco inferior ao grau de festa. A memória é obrigatória quando o santo goza de veneração universal, quando toda a Igreja celebra sua memória. É a memória facultativa quando se trata de um santo conhecido apenas em alguns países ou regiões.

A memória pode tornar-se festa ou mesmo solenidade quando o santo homenageado for padroeiro principal de um lugar ou cidade, titular de uma catedral ou quando for titular, fundador ou padroeiro de uma Ordem ou Congregação.

O Domingo -: o tempo comum existe não para celebrar algum aspecto particular do Mistério de Cristo, como já foi dito, mas sim para celebrá-lo em sua globalidade, especialmente em cada domingo. Durante este tempo comum, se aprofunda e se assimila o Mistério de Cristo que deve guiar a vida do povo de Deus para torná~la plenamente cristã.

O elemento principal e mais forte do tempo comum é o Domingo, que surgiu antes mesmo da celebração anual da Páscoa. Era o único elemento celebrativo no decorrer do ano, a grande celebração semanal do Mistério Pascal de Jesus Cristo. O tempo comm é, pois, fortemente marcado pelo domingo, quer pela teologia, quer pela espiritualidade.

Os meses temáticos -: os meses temáticos do ano litúrgico não fazem parte do calendário e nunca suas celebrações se sobrepõem àquelas contidas no Domingo. Os meses Vocacional, da Bíblia, das Missões, a Campanha da Fraternidade e outras comemorações deste tipo ajudam na maturação da fé, mas nunca são superiores à mística da liturgia dominical.

O Tempo Comum e os “Tempos Fortes” -: não se pode nem se deve comparar os chamados tempos fortes ao Tempo Comum, como se este fosse um tempo fraco ou inferior. Ele é o tempo concreto da vida do cristão, fora das festas, e pode ver-se nele a comemoração da presença de Cristo na vida quotidiana e nos momentos comuns da vida do cristão. É neste tempo que o cristão prova realmente que é um verdadeiro seguidor de Cristo.


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