Aula 05/05/2014 – A IMACULADA CONCEIÇÃO
A IMACULADA CONCEIÇÃO
05/MAIO/2014
O ponto central da História da Salvação -: relembrando o Gênesis, foi por meio de uma mulher que o pecado entrou no mundo, desfazendo por muito tempo aquilo que Deus havia planejado para o ser humano. No ponto central da História da Salvação, se deu um acontecimento ímpar, em que entrou em cena a figura de outra mulher. Dessa maneira, foi também por uma mulher que a Salvação chegou à terra: Maria.
O Senhor Deus antecipou para Maria, a “bendita entre todas as mulheres”, a graça da Redenção que Jesus, seu filho, conquistaria para todos nós com sua Paixão e Morte. A Igreja confirma que a Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi o primeiro fruto da Redenção que Jesus trouxe ao mundo: Maria foi concebida no seio de sua mãe, Santa Ana, sem a mancha do pecado original.
A Imaculada Conceição -: como disse o cardeal Suenens, um doutor da Igreja, “A santidade do Filho é a causa da santificação antecipada da Mãe, como o sol ilumina o céu mesmo antes de aparecer no horizonte”. Para tornar a terra digna de trazer e receber seu Deus, o Senhor fez nascer na terra uma pessoa única, que não tomou parte alguma nos pecados do mundo. O anjo Gabriel disse a Maria, no momento da Anunciação: “Ave, cheia de Graça” (Lc 1, 28). Nesse “cheia de Graça”, a Igreja compreendeu todo o mistério da Imaculada Conceição de Maria. Se ela é cheia de Graça, mesmo antes de Jesus chegar ao mundo, é porque foi, desde sempre, toda pura, sem mancha alguma, isto é, Imaculada.
Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarava dogma de fé a doutrina que ensina ter sido a Mãe de Deus concebida sem mancha por um especial privilégio de Deus. Mas mesmo antes da declaração do dogma, a Igreja festejava a festa da Imaculada Conceição de Maria, incluída no Calendário Romano em 1476 e estendida para todo o mundo em 1708.
O testemunho dos santos -: muitos santos e doutores da Igreja escreveram sobre Maria e a sua Imaculada Conceição. Para exemplificar, eis apenas algumas manifestações nesse sentido:
“Maria tinha de ser medianeira da paz entre Deus e os homens. Logo, absolutamente não podia aparecer como pecadora e inimiga de Deus, mas só como sua amiga toda Imaculada” (Santo Afonso de Ligório).
“Antes de toda criatura fostes, ó Senhora, destinada na mente de Deus para mãe do Homem-Deus. Se não por outro motivo, ao menos pela honra de seu Filho, que é Deus, era necessário que o Pai Eterno a criasse pura de toda a mancha” (São Bernardino de Sena).
“Tendo eleito Maria para sua Mãe, por sua Graça Deus a tornou digna de ser livre de todo pecado, mesmo venial; caso contrário, o pecado da Mãe passaria para o Filho” (São Tomás de Aquino).
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um marco fundamental de fé porque, entre outras coisas, define claramente a existência do pecado original, que é às vezes posto em dúvida por teólogos modernos, em desacordo com o Magistério da Igreja.
O que diz a própria Nossa Senhora? -: em 27 de novembro de 1830, Maria apareceu a Santa Catarina de Labouré, em Paris, e lhe pediu para mandar cunhar e propagar a devoção à chamada “Medalha Milagrosa”, com esta inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Quantas graças esta devoção tem espalhado pelo mundo!
Em 25 de março de 1858, na festa da Anunciação, Maria revelou seu nome a Santa Bernadette nas aparições de Lourdes. Nossa Senhora disse, no original, estas palavras: “Je suis L´imaculée Concepcion (Eu sou a Imaculada Conceição)”.
O que diz o Catecismo? -: o Catecismo da Igreja Católica afirma o seguinte sobre a Imaculada Conceição: “Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de seu Filho. Cheia de Graça, ela é o fruto mais excelente da Redenção desde o primeiro instante de sua concepção; foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo o pecado pessoal ao longo de sua vida” (item 508).