Aula 04/08/2014 – PONTOS BÁSICOS DA MORAL CATÓLICA – 3
PONTOS BÁSICOS DA MORAL CATÓLICA – 3
04/Agosto/2014
A vida humana -: a Igreja Católica considera a vida humana como sagrada, e como uma das maiores dádivas divinas. Logo, é um valor absoluto e inalienável. Por isso, a Igreja condena a violência, o homicídio, o suicídio, o aborto induzido, a eutanásia, a clonagem humana e as pesquisas e práticas científicas que usam células-troncas extraídas do embrião humano vivo, provocando sua morte. Para a Igreja, a vida humana deve ser gerada naturalmente, pelo sexo conjugal, e essa vida tem origem na fecundação e o seu fim na morte natural.
Regulação dos nascimentos -: a Igreja a defende como fazendo parte da paternidade e maternidade responsáveis, que levam a uma construção prudente das famílias, desde que não seja realizada com base no egoísmo ou em outras imposições estranhas às famílias. Mas, esta regulação só pode ser feita através de planejamento familiar natural, que utiliza métodos naturais, como a continência periódica e o recurso aos períodos não fecundos. Ou seja, métodos naturais.
A pílula, a esterilização direta, os preservativos e outros métodos não naturais são expressamente condenados pela Igreja, e não devem ser utilizados pelos cristãos católicos. Além de antinaturais, esses métodos podem promover (e comumente promovem) efeitos orgânicos e psíquicos colaterais, muitas vezes levando á problemas permanentes.
A Igreja ensina que os métodos naturais são formas mais humanas e responsáveis de encarar a procriação, porque quando utilizados corretamente, aumentam e fortalecem a comunicação e o amor entre os cônjuges e promovem a idéia de que a fertilidade é uma dádiva divina que pode e deve ser utilizada no momento oportuno.
O aborto -: a vida humana deve ser protegida e respeitada de maneira absoluta a partir do momento da concepção. É um direito inalienável que todo ser humano, desde a concepção, tem de viver a sua vida plenamente. “Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci, antes que saísse do seio, eu te consagrei” (Jr 1, 5).
Desde o primeiro século, a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado. Este ensinamento não mudou, continua invariável. O aborto direto, quer dizer, querido como um meio de se livrar de responsabilidades ou efetuado por comodismo, é gravemente contrário à moral da Igreja e uma ofensa às leis de Deus. O mesmo se dá nos casos onde os pais não desejam a criança. Também a cooperação voluntária para um aborto constitui uma falta grave.
A Igreja sanciona com a pena de excomunhão o aborto, este crime contra a vida humana. Com isso, a Igreja não quer diminuir o campo da misericórdia, mas quer manifestar a gravidade do crime cometido e o prejuízo irreparável causado ao inocente morto.
“Os direitos inalienáveis da pessoa devem ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política… entre esses direitos fundamentais, é preciso citar o direito à vida e à integridade física de todo ser humano, desde a concepção até à morte” (Congregação para a Doutrina da Fé).
Inseminação artificial -: a Moral Católica ensina que as técnicas que provocam uma dissociação do parentesco, pela intervenção de uma pessoa estranha ao casal (doação de esperma ou de óvulo, “empréstimo” de útero) são gravemente desonestas. Estas técnicas (ditas “heterólogas”) lesam o direito da criança de nascer de um pai e de uma mãe conhecidos dela e ligados entre si pelo casamento.
Quando praticadas entre o casal, estas técnicas (ditas “homólogas”) são bem menos claras a um juízo imediato e excludente, mas continuam moralmente discutíveis, pois este tipo de procriação separa o ato sexual natural do ato procriador.Estas técnicas homólogas remetem a vida e a identidade do embrião ao poder dos médicos e biólogos e instaura um domínio da técnica sobre os desígnios de Deus.
A procriação é moralmente privada de sua perfeição quando não é fruto do ato conjugal e sim de uma intervenção de terceiros, com técnicas criadas por seres humanos e que nada tem de divino.